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A redução de votos de Carluxo e a “onda anti-Bolsonaro”. Lendas, verdades e números

Muita gente tanto da esquerda como de grupos ressentidos com decisões e discursos de Jair Bolsonaro andam comemorando a redução no número de votos que recebeu o vereador Carlos Bolsonaro em comparação com as eleições de 2016. Alegam que haveria em curso certa tendência “anti – bolsonarista”.

Em conversa com coordenadores de campanha e gente ligada ao marketing político apura-se que a opinião vigente no meio é de que a redução foi “natural’ e razoável, levando-se em conta a abstenção de 32,8%, mais votos nulos e brancos de 19.06%, que somou 51.7% dos votos na capital carioca.

No Rio os votos que não chegaram a nenhum candidato esse ano foram mais de 2.2 milhões.

Em 2016 esses números juntos totalizaram 38% do eleitorado, somando 1.8 milhões de “não votos”.

Mais números

A abstenção, brancos e nulos causaram em relação ao total de eleitores existentes uma diferença de 345.972 votos a menos nas eleições desse domingo, 15 de novembro de 2020.

Em 2016 a soma dos votos dos cinco primeiros eleitos para vereador foi de 372.968 votos.

Esse ano a soma dos votos dos cinco primeiros mais votados para vereador foi de 322.022.

Houve, portanto, uma redução de cerca de 50 mil votos para esse grupo.

Carlos Bolsonaro em 2016 recebeu 106 mil votos. Nesse domingo o candidato recebeu 71 mil votos. A análise que se faz é de que grande parte dessa redução equivale à mudança no comportamento do eleitorado. A redução afetou, logicamente, em valores maiores ou menores, quase todos os candidatos.

Esses dados permitem entender que a perda de votos é justificada, bem menos relacionada ao desempenho do presidente ou insatisfação de algum grupo do que ao comportamento geral da sociedade em relação ao pleito.

#SociedadeMilitar Robson Augusto / Sociólogo, militar R1 & jornalista – Revista Sociedade Militar

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Sociedade Militar