Forças Armadas

Graduados das Forças Armadas lutam para emplacar vereadores – “Ponte para chegar ao Congresso Nacional. “ …

a polícia militar chegou à maturidade depois de 15 anos… eles reúnem todas as associações e tiram quem vai ser o candidato… o cabo… Todo mundo desde o coronel apoia o cabo… o praça vota em praça é didático…” M.Rodrigues – 06/09/2020 – Natal

Em uma movimentação que pode ser considerada por alguns como tardia, graduados das Forças Armadas, a exemplo do que acontece com os policiais militares, pretendem emplacar deputados federais em 2022 e para isso contam com a possibilidade de eleger pelo menos 20 vereadores militares em todo o Brasil na esperança de que estes sejam os “pilares” para a construção dessa bancada de militares das Forças Armadas.

Depois de uma grande mobilização ocorrida em 2019 com vistas a mudar um projeto de lei apresentado pelo Ministério da defesa, após constatar que parlamentares-oficiais têm dificuldade em se posicionar contra propostas que venham da cúpula das Forças Armadas que podem prejudicar a base da estrutura e pensionistas, graduados de vários locais do país iniciaram uma campanha chamada praça-vota-em-praça, que sugere que praças somente depositem seus votos em outras praças. No Rio de Janeiro isso tem gerado reclamações da parte de candidatos da oficialidade. Na capital carioca, dos 22 candidatos a vereador que se apresentam com nomes militares, 75% são oficiais.

Olha! até pode ter mais coronéis ou afins mas o que importa é que agora Graduado vota em Graduado, oficiais, esposas, filhos, netos, avós, papagaios de pirata e demais avatares de oficiais não serão mais eleitos. PRAÇA VOTA EM PRAÇA.”, diz um suboficial/eleitor nos campos de comentários da Revista Sociedade Militar.

Vereadores são a nossa ponte para o congresso, veremos como será o comportamento da família militar nesse pleito.. Aqui no Rio desvincular da família Bolsonaro é difícil… “, Diz outro graduado, suboficial da Marinha.

A eleição de representantes para a câmara dos deputados sempre foi difícil porque o no Rio de Janeiro, um dos poucos locais onde o voto dos militares sozinho tem o podem de emplacar candidatos à câmara federal, o chamado “voto militar” sempre se concentrou em Jair Bolsonaro, que para deputado federal recebia votos que normalmente seriam o suficiente para a eleição de mais 2 ou 3 parlamentares.

As eleições de 2022 tendem a ser diferentes nessa sentido, já que pela primeira vez em várias décadas, o nome de Jair Messias Bolsonaro não será apresentado aos cariocas. Com isso o que se espera é que os candidatos militares mais votados da região metropolitana no pleito que acontece na próxima semana sejam os nomes naturais dos militares das Forças Armadas para as eleições gerais que ocorrem em 2022.

A categoria nunca conseguiu se reunir em massa ao redor de associações e mesmo a partir da existência destas, a maior parte sem uma proposta política bem definida, sempre com no máximo algumas dezenas de associados, os candidatos apresentados nunca conseguiram receber mais votos do que o suficiente para no máximo uma suplência.

Nessa primeira semana de novembro, poucos dias antes das eleições, ocorreu um seminário em Natal-RN, onde lideranças que participaram das movimentações de 2019 no Congresso Nacional palestraram para grupos de militares interessados em formar uma frente de trabalho voltada para a política, a frase praça vota em praça foi bastante mencionada e parece ser o mote das movimentações de graduados a partir de agora.

Revista Sociedade Militar

Deixe um comentário
Compartilhe
Publicado por
Sociedade Militar