Forças Armadas

Pracinhas, heróis esquecidos – Desconhecimento e desrespeito atestam ignorância sobre atuação do Brasil na segunda guerra mundial

Desrespeito e desconhecimento completo do PASSADO GLORIOSO

Em São Gonçalo, cidade próxima a Niterói, no Rio de Janeiro, se encontra um museu ao ar livre que homenageia nossos ex-combatentes. O local, batizado de praça dos ex-combatentes fica no bairro do Patronato, bem em frente ao campus da UERJ, foi inaugurado em outubro de 1970 e possui um acervo bem interessante, digno até de receber visitas guiadas que contem a estudantes e pessoas interessadas em saber mais dobre as histórias dos brasileiros na última grande guerra mundial.

Em um dos monumentos, completamente pichado, com algum esforço ainda é possível ler o texto ao lado dos brasões das Forças Armadas: “Na guerra e na paz a grandeza da nação repousa no trabalho ordeiro e fecundo de seu povo e na unidade patriótica das suas classes armadas, eternas guardiãs da liberdade e da integridade da pátria“.

O nazismo, ideologia nascida nos porões do Nacional Socialismo Alemão,  ameaçava se alastrar por todo o planeta. Com a ajuda de japoneses e italianos a trama de Adolf Hitler se tornou ainda mais ameaçadora.

Após alguma hesitação de Getúlio Vargas, o BRASIL aceitou combater ao lado dos aliados na segunda guerra mundial. Nossa principal missão, cumprida com louvor, foi ajudar a destruir os exércitos alemães na Itália. Nossos soldados, além das vitórias bastante conhecidas, como a de Monte Castelo, chegaram a capturar toda uma divisão alemã, a 148ª, composta por mais de 16 mil combatentes. Não há qualquer dúvida de que os BRASILEIROS contribuíram muito para que o MUNDO não caísse nas mãos dos nazistas.

Na praça dos ex-combatentes é possível ver de perto um tanque M3 Lee, bastante usado na segunda-guerra. Estima-se que existam somente 50 unidades em todo o mundo (1). O Lee, cujo nome foi dado em homenagem ao general confederado, apesar de parecer pequeno – 6m x 3m – era uma arma poderosa. O blindado possuía dois canhões devastadores, um de 75mm, outro de 37mm, uma metralhadora .30 e – se necessário – quatro metralhadoras ou fuzis nas portinholas laterais.

Infelizmente o tanque M3 exposto no museu ao ar livre em São Gonçalo está completamente vandalizado. Há algum tempo o tanque foi ridicularizado, quando um indivíduo o pintou completamente de rosa, foi repintado. Mas, logo os vândalos retornaram.

Outros equipamentos como o lança granadas, um canhão de 75mm, uma âncora almirantado e até uma mina marítima estão completamente vandalizados e alguns com pontos de oxidação bem profundos.

se continuar sem manutenção esse material não dura mais 5 anos… é preciso tratamento e pintura bem feitos, com retirada dos pontos de ferrugem e execução das etapas necessárias… ”, diz um morador da região, militar da Marinha do Brasil

Infelizmente as gerações atuais não têm sido estimuladas a reconhecer as virtudes de nossos soldados, que em vários momentos arriscaram as próprias vidas para que hoje desfrutássemos de liberdade plena.

Um histórico elaborado com base em imagens arquivadas pelo próprio google maps mostra que há até certo esforço da prefeitura local em manter o monumento em boas condições, mas a própria sociedade, talvez por desconhecer e não compreender o significado e a importância, o vandaliza seguidamente.

Imagem de 2010

Imagem de 2014

Imagem de 2017

Imagem de 2019

É necessário ensinar para nossos jovens a história gloriosa de nossos antepassados para que reconheçam que equipamentos como os expostos na praça representam o trabalho e heroísmo de homens e mulheres que deram suas vidas pela nossa liberdade.

Revista Sociedade Militar – Texto e imagens de Robson Augusto – Militar R1, Sociólogo, jornalista. Mais imagens depositadas  em : https://socmilitar.blogspot.com/2018/07/praca-ex-combatente.html 

*1 – https://www.tanks-encyclopedia.com/ww2/US/M3_Lee_Grant.php

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Publicado por
Robson Augusto