Em Juiz de FORA, Minas Gerais, nas eleições de 2018 o então candidato Jair Bolsonaro venceu em nada menos que 63,84% da urnas. Em vários outros locais do país candidatos que se apresentaram com nomes de urna como general, capitão e major foram eleitos com abundância de votos. Todavia, apenas dois anos depois, nas eleições que ocorreram nesse domingo, candidatos com nomes militares e – pelo menos em tese – ligados à propostas conservadoras ou similares às feitas pelo atual presidente da república, não foram contemplados com grande número de votos.
O general Marco Felício (PRTB), que teve como vice um cabo da polícia militar, concorreu em Juiz de Fora e recebeu apenas 1.813 votos, o que equivale a 0.7% do eleitorado. Resultado considerado decepcionante para quem acreditava que uma “bandeira” totalmente militar seria abraçada pela sociedade local. O candidato foi um dos poucos que recebeu o apoio declarado do vice-presidente da república, general Hamilton Mourão, mas mesmo assim não foi bem sucedido.
O número de votos obtido pelo oficial general não seria suficiente para alçá-lo sequer a uma cadeira de vereador. O candidato a vereador eleito menos votado na cidade recebeu 2.185 votos.
Pauta conservadora
As 21:19 de sábado, véspera do pleito, ele postou em suas redes sociais um resumo da sua pauta conservadora.
” A hora de mudanças é agora. Não adiante querer resultados diferentes, votando sempre nos mesmos! Vote 28, vote na mudança! Juiz de Fora tem a oportunidade de dar uma guinada a DIREITA!
A candidata vencedora foi Margarida Salomão, do Partido dos Trabalhadores, com 39% dos votos. Ela vai disputar o segundo turno com o candidato Wilson Rezato.