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Início Forças Armadas / Polícia

O Mito, a política e a economia

por Sociedade Militar
02/12/2020
em Forças Armadas / Polícia, Geopolítica / Religião., Notícias, Política Brasil
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“Muitos desses generais se consideram “divindades” e não aceitam discutir, negociar, ceder e mudar o ponto de vista. O contraditório e a divergência de pensamento para muitos deles chega a ser considerado uma afronta…”

Quando o Mito anunciou que seria candidato à presidência da República muitos acharam que era uma piada, mas não foi. Político do baixo clero, sem expressão nacional, sem partido e conhecido apenas pelas “caneladas” que dava vez por outra dentro do Congresso. Por diversas vezes ele foi motivo chacota ao dizer que tinha condições de vencer a máquina política e econômica que o PT havia montado.

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A classe média foi a primeira a embarcar na onda do Mito e o povão, que já estava cansado da roubalheira institucionalizada do PT, clamava por mudanças e a onda cresceu. Eu fui um dos milhares/milhões que vestiu a camiseta verde/amarelo e, na empolgação, fui para as ruas pedir votos, na esperança de ver o Brasil escapar de um viés socialista que se desenhava. Para surpresa de muitos o Mito chegou à presidência cacifado de um apoio popular pouco visto na história do país.

Sentado na cadeira presidencial, com a caneta e o Diário Oficial ao seu dispor, o Mito montou sua equipe de assessores visando quebrar paradigmas. Para a coordenação política escalou uma equipe de generais, colegas da caserna, todos forjados na doutrina Castrense, mas com muito pouco traquejo ou sensibilidade política para dialogar com os seguimentos sociais. O front dos generais, definitivamente não é a política.

É sabido por todos que os generais são talhados para a arte da guerra, da estratégia e do confronto. Os estrelados brasileiros têm como características, na maioria das vezes, a truculência, a arrogância, a vaidade e o excesso de burocracia protocolar, que eles seguem à risca. Muitos desses generais se consideram “divindades” e não aceitam discutir, negociar, ceder e mudar o ponto de vista. O contraditório e a divergência de pensamento para muitos deles chega a ser considerado uma afronta, mas essa é a essência da política. Os estamentos superiores desenvolveram um pensamento de que a sociedade brasileira é dividida em castas e que eles são os xátrias, mas não há essa divisão. Golbery foi uma exceção, mas o regime vigente à época também era de exceção.

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Percebe-se que, enquanto a articulação política bate cabeça o congresso trava e a sociedade sofre as consequências. O parlamento tem o seu tempo e o seu modo de agir, o que exige, por parte do Executivo, escalar negociadores hábeis para fazer a casa do povo funcionar e levar à diante os projetos de interesse da coletividade. Se o parlamento não funcionar, o STF assume o protagonismo, fato esse que já vem ocorrendo há décadas. O STF, que deveria ser somente o guardião da constituição, foi estruturado com viés ideológico e cada ministro é uma constituição, o que transformou a nossa Carta Magna em um lixo jurídico. O cidadão insatisfeito com os togados foi às ruas exigindo mudanças na Corte, mas o Mito, na primeira oportunidade que teve, nomeou alguém que desagradou a todos, menos os bambinos. O STF vem assumindo as atribuições do Executivo e do Legislativo e isso é péssimo.

No contexto em que nos encontramos é preciso alertar o Mito sobre a necessidade de negociar diariamente com o congresso, com a sociedade, com as minorias e, principalmente, com a esquerda um projeto político a curto prazo para tirar o país da atual inércia. Nas democracias sólidas, a esquerda e a direita convivem normalmente, dentro das regras democráticas pré-estabelecidas, no caso a Constituição. Se uma ideologia se sobrepõe à outra, acabou a democracia. Logo, o Mito carece de articuladores políticos eficientes dentro do congresso; pois deixar a articulação política somente por conta dos militares não tem como dar certo. Lembre-se, o tempo passa rápido e só resta o segundo tempo do jogo e a prorrogação vai depender da economia. O pinguço saiu nos braços do povo porque a economia estava bombando à época. Vamos à economia.

A economia ficou a cargo do pupilo de Chicago, o qual até agora não mostrou a que veio. O que mais se houve na fila do pão é que a inflação voltou, os combustíveis subiram e o dólar devora o real como uma águia feroz, mas o ministro continua dizendo para não nos preocuparmos, pois já temos o lobo-guará para compensar o desgaste. Será? A perda do poder aquisitivo não tem volta.

A política econômica adotada pelo “super ministro”, dita “liberal”, faria com que John Locke, Adam Smith e Davi Ricardo revisassem os seus conceitos sobre liberalismo, se estivessem vivos. O mercado já percebeu que o ministro está perdido e o apelidou de Nostradamus, aquele que falava das profecias sem dizer onde e nem quando iria ocorrer. A economia virou um desarranjo. Enquanto a economia não deslancha o ministro culpa o congresso pelo descalabro e, ao mesmo tempo, trava uma luta diária com o parlamento para aprovar mais imposto, dessa vez é a famigerada CPMF, com nova roupagem. O ministro, a cada dia, perde as suas credenciais, pois já se tornou um vendedor de ilusões, sem apresentar resultados.

Se a política e a economia não vão bem, as relações internacionais são outro fracasso. Com a chegada do Mito houve um alinhamento automático com o “amigo” Trump, deixando para trás parceiros tradicionais. Não aprenderam que entre nações não existe amizade, o que existe são interesses mútuos. Não se faz política internacional com viés ideológico.

Na geopolítica o Brasil assiste de camarote o acordo comercial fechado pela China com diversos países da Ásia-Pacífico, que juntos representam 30% do PIB mundial. O Brasil não faz parte do clube e os EUA estão fora, por exigência da China. Os EUA, como superpotência econômica não está preocupado com esse acordo, por enquanto. A Europa se fechou em bloco e o acordo com o Mercosul está parado por imposição do Macron e de Merkel, devido as questões ambientais. Por falar em Mercosul, este é um mercado que vive um grande retrocesso. O Mito, desde quando assumiu a presidência, não se relaciona com os seus homólogos da Argentina, da Venezuela, da Bolívia e da Nicarágua. A América do Sul está ficando isolada por questões ideológicas.

O discurso no Brasil de hoje é de que nós somos o celeiro do mundo e que o agronegócio vai garantir a nossa sobrevivência. Será? O Brasil sempre foi uma grande fazenda, saímos da era imperial como grandes produtores de açúcar e café e hoje somos os maiores produtores de soja e carne. Quanta evolução! Enquanto os políticos estavam preocupados com a administração da “fazenda”, a indústria definhou a ponto de não se conseguir fabricar uma lâmpada, tudo é Made in China.

O Mito precisa, urgentemente, dar um novo rumo na política e na economia, porque o cronômetro está ligado com hora certa para o jogo acabar. O povo já demonstrou que é impaciente com os desmandos e se a solução não vier rápido o Mito será a Dilma de calças. O destino da “gerenta” todos nós sabemos qual foi.

Brasília-DF, 02 de dezembro de 2020.

ADÃO FARIAS

Advogado e Acadêmico de Ciência Política

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