Ganharam mas não levaram!
Poucos militares do século XXI conhecem a historia dos sargentos das Forças Armadas que foram eleitos deputados federais e estaduais e impedidos de assumir seus mandatos em 1963. A coisa acabou gerando uma grande revolta de graduados que abalou o país.
As forças armadas só após o caos reconheceram erros e permitiram correções na legislação. Pelo que a historia mostra, é a praxe aplicar golpes fortes não naqueles que elaboram normas capengas ou que têm a responsabilidade de atualizá-las, mas naqueles que lutam pela correção de injustiças e por modernização dos regulamentos. Assim ocorreu na época da Revolta da Chibata, assim ocorreu em 1963. Pelo que se viu, militares graduados nunca tiveram no inicio de qualquer mobilização tendencias para a indisciplina, quebra de hierarquia ou mesmo uma filosofia de viés canhoto.
Todas as grandes mobilizações foram na verdade fruto da inabilidade da cúpula das instituições em tratar a coisa como reivindicações naturais. A história prova que essa inabilidade foi o que acabou jogando os graduados – por necessidade de autodefesa – nas mãos de qualquer um que oferecesse um arsenal mínimo que impedisse que fossem sumariamente esmagados por aqueles que deveriam lhes acolher, lhes ouvir de forma democrática sobre suas demandas e modernizar as regras, humanizando legislações e acatando aquilo que é justo.
Robson Augusto*
O texto abaixo é uma condensação, artigo completo na edição impressa.
A Constituição de 1946, vigente ainda nos anos 60, era antiquada no que diz respeito à possibilidade de graduados das forças armadas assumirem mandatos eletivos. Em 1962 vários sargentos do estado da Guanabara, Rio Grande do Sul e São Paulo conseguiram …
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