Forças Armadas

PÓLVORA DE MENOS, COMO OTIMIZÁ-LA

Alguém no Ministério da Defesa “Indefesa”, já pensou nisso? Segundo o Jornal Estadão: os EUA detêm cerca de 5.800 armas nucleares, o Brasil não tem nenhuma; os americanos têm cerca de 715 caças de combate, enquanto o Brasil tem 78; suas forças armadas têm ainda 5.768 helicópteros e 6.289 tanques, por aqui, são 242 e 437, respectivamente. Ainda por terra, os EUA têm 39.253 veículos blindados de combate e 1.366 lançadores de foguete, no Brasil, são 1.820 e 84, respectivamente. No mar, “Tio Sam” tem 20 porta-aviões, 91 DESTROYERS e 66 submarinos, o Brasil não tem nenhum porta-aviões, nenhum DESTROYER e seis submarinos.

   Interessante, a Coréia do Norte, em termos do aparato bélico enunciado, não deixa muito a dever ao nosso desarmado País, mas, porém, contudo, todavia, entretanto, seu pequeno número de ogivas nucleares domésticas, que não chega a uma dezena, faz a diferença. Por que? Qual a razão dos EUA, tão somente, vociferarem bravatas ameaçadoras contra aquela pequena nação oriental? Não há como desdizer, apenas uma razoável bomba atômica doméstica, lançada pelos seus mísseis balísticos de longo alcance, pode destruir toda uma esquadra yankee que, agressiva, pague para ver, seja nos mares do Japão, da China ou no Amarelo.

   No mesmo noticioso consta que “as duas únicas forças armadas no mundo que conseguiriam se contrapor um pouco às forças armadas dos EUA seriam a China e Rússia”, explica GUNTHER RUDZIT, professor de relações internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing/ ESPM e especialista na área de segurança e defesa. A capacidade e a organização das forças armadas dos EUA estão num patamar tão, mas tão elevado, que nenhuma outra no mundo consegue chegar perto”. A ação de “se contrapor”, entretanto que se diga, em absoluto, não exime/esvazia a atitude dissuasória de quem tem a capacidade/poder para assumir a dissuasão.

   Sim, o Brasil, sem considerar sandice proferida pelo comandante-em-chefe de nossas Desarmadas Forças, respondendo à ameaça de Joe Biden de sancionar nosso País comercialmente em face do descaso com a proteção do ecúmeno amazônico, bem que poderia otimizar nossa “pólvora”, não para lutar, mas, apenas para dissuadir “Tio Sam”, assim como a qualquer dos inquilinos permanentes do suspeitíssimo Conselho de SegurançaS/ONU.


Para tanto, que seja dito, não precisa muito, bastando o Ministério da Defesas se decidir a anuir quanto à gritante realidade, de meridiana clareza quanto à necessidade de, para ontem, se suspender a queima de recursos com projetos de longo prazo, como os das VBTP Guarani, transferindo-os para fabrico das viaturas plataformas/VPTF de vetores balísticos de longo alcance (1500/2500 km) ASTROS II. 
Seriam apenas “225”, bastantes para guarnecer um grande semiarco de defesa alada, iniciado em Tabatinga/AM e finalizado em Rio Grande/RS, ao todo”15″ baterias a “15” VPTF) sem limite de carga, mais do que vitais para a proteção da calha norte do Rio Amazonas e do nosso litoral/costa, imediatas e de custo bem mais em conta do que o das “2044” VBTP Guarani, estas, sim, sem nenhum efeito dissuasório extrarregional.

Paulo Ricardo da Rocha Paiva / Coronel de Infantaria e Estado-Maior

Revista Sociedade Mililtar

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Sociedade Militar