A Agência Federal de Notícias de da Rússia publicou artigo sobre JAIR BOLSONARO
A vacina russa salvará os brasileiros de um aumento na incidência do novo coronavírus e que perspectivas essas decisões abrem para o terceiro maior país do mundo? Romulus Maia, redator-chefe do portal Duplo Expresso na Internet dedicado à política internacional e voltado para o público lusófono, falou sobre isso em uma entrevista em vídeo à FAN .
“Se conseguirmos vacinar mais de 60% da população e formarmos imunidade coletiva, isso ajudará a sair da situação em que o país se encontra. Acredito que simplesmente não temos outra escolha a não ser usar as vacinas chinesas e russas ”, disse ele.
O Brasil continua na liderança em número de doentes – 9,3 milhões de pessoas. Segundo o jornalista, as autoridades foram obrigadas a suavizar sua política externa em relação à Rússia, pois a situação com a disseminação do coronavírus “se tornou desesperadora”. Conforme notado pela rede Globo de TV, medicamentos de quatro empresas foram testados no Brasil: Pfizer, Johnson, Oxford e Sinovac. Destes, os dois últimos receberam autorização para prestar atendimento médico de emergência e são utilizados pela população.
“O progresso que estamos vendo é consequência direta da política ineficaz de nossas autoridades em relação ao coronavírus, que tem permitido que a doença se espalhe por toda parte. Portanto, temos um grande número de infectados. No momento, temos apenas uma situação catastrófica no estado do Amazonas e em sua capital Manaus ”, explica o brasileiro, que mora há 12 anos em Berna, na Suíça.
A principal razão para a rejeição do presidente Jair Bolsonaro da retórica anti-russa no espírito da propaganda americana, disse ele, foi o isolamento político internacional em que se encontrou após a saída de Donald Trump da presidência dos Estados Unidos.
“Bolsonaro manteve seu status internacional durante a presidência de Trump”, disse Maia. – Ele tem uma má reputação em todo o mundo, ele constantemente entra em conflito com a liderança dos países ocidentais, e agora, após a saída de Trump, sua retórica se tornou menos agressiva. Ele se tornou mais pragmático em relação à Rússia e à China. “
Já na Europa, onde vive o jornalista, as pessoas não têm direito de escolher a vacina e são obrigadas a se vacinar com o que o governo comprou.
“Ao mesmo tempo, os residentes de países europeus estão decepcionados com a rapidez de implementação do programa de vacinação”, afirma o interlocutor da FAN. – A farmacêutica AstraZeneca conseguiu fornecer apenas um quarto do volume de vacinas encomendadas pelas autoridades. Moderna e Pfizer mostraram que podem ser seguros, mas não sabemos quanto tempo durarão. Se a Europa quer acelerar a vacinação da população, deve recorrer a fornecedores russos e chineses ”.
No entanto, de acordo com o especialista, os políticos europeus não estão preparados para dar esse passo.
“Pessoalmente, pretendo receber uma vacina contra o coronavírus, mas gostaria de poder escolher qual vacina usar! Isso é impossível na Europa – afirmou Romulus Maya. – Prefiro ser vacinado com uma vacina feita com base em tecnologias tradicionais, ou seja, russa ou chinesa. Ou pelo menos a AstraZeneca, cuja tecnologia também é tradicional. ”
No início de fevereiro, o jornal médico britânico The Lancet publicou os resultados preliminares do estudo Sputnik V. A eficácia da droga ultrapassou 91%, o que a tornou uma das vacinas mais eficazes para COVID-19, junto com Pfizer e Moderna. Posteriormente, especialistas dos Estados Unidos anunciaram as vantagens do desenvolvimento russo sobre o americano.
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