Política Brasil

Novo Ministro da Saúde fala contra restrições apenas um dia depois que FIOCRUZ propõe LOCKDOWN de 14 dias e toque de recolher nacional

A fundação Oswaldo Cruz há alguns meses se tornou alvo de ataques em redes sociais com o intuito de desacreditar as recomendações publicadas em seu site ou feitas por técnicos ligados à instituição. O fato da fundação ser dirigida por uma socióloga, Nísia Trindade, incomoda bastante a direita mais radical.

A coisa piorou muito quando no final de abril foi divulgado um estudo, realizado por técnicos da fundação em Manaus, onde se concluiu não haver evidências de que o uso da cloroquina faz diferença no tratamento do Coronavírus.

Ao longo das últimas semanas, como o anúncio feito pela equipe de Bolsonaro sobre o convenio entre a Fiocruz e a Universidade de Oxford para a fabricação de 100 milhões de doses de vacina AstraZeneca, sob responsabilidade da fundação, a quantidade de críticas diminuiu e instituição já começava a cair nas graças dos bolsonaristas mais críticos. 

Todavia, pelo que tudo indica, a Fundação Oswaldo Cruz novamente passara a ser alvo de ataques e – provavelmente – estrará em confronto com o ministério da saúde já que nessa terça-feira – 23 de março – publicou nota em tom grave onde propõe que o país seja paralisado por pelo menos 14 dias. No boletim a instituição mostra a evolução da ocupação de leitos nos últimos medes e lista várias medidas que julga ser necessárias.

Outras orientações da fundação

– A proibição de eventos presenciais como shows, congressos, atividades religiosas, esportivas e correlatas em todo território nacional;
– A suspensão das atividades presenciais de todos os níveis da educação do país;
– O toque de recolher nacional a partir das 20h até as 6h da manhã e durante os finais de semana;
– O fechamento das praias e bares; A adoção de trabalho remoto sempre que possível, tanto no
setor público, quanto no privado;
– A instituição de barreiras sanitárias nacionais e internacionais, considerando o fechamento dos aeroportos e do transporte interestadual;
– A adoção de medidas para redução da superlotação nos transportes coletivos urbanos;
– A ampliação da testagem e acompanhamento dos testados, com isolamento dos casos suspeitos e monitoramento dos contatos.

Revista Sociedade Militar

Nota original da FIOCRUZ

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Sociedade Militar