Forças Armadas

A PÓLVORA PODE AUMENTAR SABENDO INVESTIR

Sem considerar a sandice proferida pelo comandante-em-chefe de nossas “Desarmadas” Forças, mencionando ameaça de Joe Biden de sancionar o País comercialmente, caso persista o descaso com a proteção do ecúmeno amazônico, vai-se demonstrar aos brasileiros como valorizar sua pólvora mal alardeada, não para lutar, mas, para dissuadir “Tio Sam”, assim como a qualquer dos inquilinos permanentes do suspeitíssimo CS/ONU. Segundo o Jornal Estadão, os EUA investem US $750 bilhões em Defesa enquanto o Brasil o faz em torno de US $27,8 bilhões, diferença que se traduziria em números, estrutura, força e capacidade de projeção de poder.

A partir desses investimentos diferenciais, é fácil comprovar aos especialistas no Ministério da “Indefesa” como gastar menos com armamento capaz de dissuadir poderosos oponentes extrarregionais, no mais curto prazo, fato constatado com base nos seguintes dados: a fabricação de “2044” VBTP Guarani, com preço unitário de R$ 3 644 076,17, implica recurso que se perde com viatura armada, irrisoriamente, com canhão e metralhadora sem nenhum efeito dissuasório; a gastança final é de R$ 7 748 491 694,48, tendo sido entregues em torno de “400/500”, projeto com prazo para terminar somente em 2025; o gasto com apenas “225” VPTF Astros II, mesmo com preço unitário pouco mais caro, R$ 3 999 996,00, é de R$ 899 999 100, 00, evidenciando quantidade bem menor com a grande vantagem de mobiliar, por inteiro e no mais curto prazo, o arco de defesa alada desde Tabatinga/AM até Rio Grande/RS; “225” VPTF somam viaturas que dotam total de 15 baterias periféricas, estas que disparariam vetores de cruzeiro atingindo 1500/2500 km, sem limite de carga.

Esses dados são facilmente comprovados, posto que: o preço unitário da bateria Astros II, dotada com 15 viaturas plataformas de vetores balísticos, está orçado em US$ 10 000 000,00 (fonte Wikipédia); o preço unitário, por viatura VPTF Astros II, foi calculado considerando o custo da bateria dividido pelas 15 VPTF, cerca de US$ 666 666,00 ou R$ 3 999 996,00; em verdade, a necessidade da VPTF, de significado dissuasório eminentemente relevante, impõe montagem de absoluta prioridade, máxime pelo número muitíssimo menor a ser fabricado (2044-225=1819 viaturas a menos).

O cálculo matemático elementar, se confirmado, favorece as VPTF, justo as que viabilizam lograr alcance imediato da tão almejada dissuasão extrarregional. Que seja dito, o Ministério da Defesa “Indefesa” não pode fugir desta gritante realidade, de meridiana clareza quanto à necessidade de, para ontem, se suspender a queima de recursos com material que não soma absolutamente nada, transferindo-os para fabrico de meios de artilharia em foguetes e mísseis balísticos de cruzeiro vitais, de custo coberto com sobra pelo nosso valor autorizado na Lei Orçamentária (LOA) para 2020 do Ministério da Defesa, de R$ 106 bilhões. Que seja dito,”não é para largar, é para pegar”!

Paulo Ricardo da Rocha Paiva / Coronel de Infantaria e Estado-Maior

Imagem / crédito: Exercito Brasileiro Operação Sagitta Primus III flickr – https://www.flickr.com/photos/exercitooficial/50242321358/in/album-72157715542517596/

Revista Sociedade Militar

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