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ENGOLIR SAPOS, DESTINO INGLÓRIO – Texto de colaborador

Às vezes me pergunto, depois dos governos militares, que governança encarou esta problemática com a seriedade que ela sempre mereceu? Olha que se passaram alguns anos, desde 1985, e continuamos no mesmo ramerrame de “blindadinhos de brinquedo e belonaves banguelas”. Que não se duvide, hoje, agora, estamos na iminência de uma conferência climática mundial daqui a dois dias, “mais por fora do que corintianos na torcida do Flamengo”, desacreditados e, o que é pior, “com a pulga atrás da orelha” por quem já foi ameaçado com “pólvora”, nada mais nada menos do que por uma pseudo potência ‘de segunda”, que costuma comprar a munição em seu país.

Que se diga, entra e sai governo, e o nosso Ministério da ‘Indefesa” continua se justificando, aliás uma justificativa prá lá de conveniente, colocando toda a culpa nos parcos recursos que são disponibilizados à dita pasta, sem olhar para o desperdício do que é jogado fora com programas/projetos absolutamente inócuos e sem nenhum retorno para o alcance do tão propalado em prosa e verso “estágio de dissuasão extrarregional”. Uma verdadeira obsessão em propagar nossa superioridade militar na latinoamérica, sem cuidar do que realmente interessa para fazer frente às ameaças contumazes feitas às Amazônias verde azul pelas grandes potências militares.

Em verdade, poderíamos estar muito bem servidos, já há bastante tempo, com um poder militar contundente que se garantisse por força de um espectro de fogo definitivo, que fosse eficiente e eficazmente dissuasório, estruturado em vetores balísticos de cruzeiro sem limite de carga, à semelhança do Irã. Pressintam, se fosse assim, mesmo reprovados mundialmente em nosso comprometimento com o meio ambiente, não estaríamos sujeitos a “engolir os sapos” que, certamente, vão ser deglutidos, tanto pelo presidente como pelo seu ministro do Meio Ambiente. Ah! Mas o presidente não leva desaforo para casa. Minha gente! Tenho minhas dúvidas!

Em verdade, no tête-à-tête com Joe Biden e Emmanuel Macron, sua pretensão, ao que tudo indica, é pedir esmola para auxiliar na proteção do ecúmeno fenomenal que não teve competência para preservar e, muito menos, tem de proteger, mais do que manietado que está por “acordos de lesa pátria” que nos impedem dissuadir para não lutar e que não teve a coragem de denunciar. A continuarmos nesta “mesmice pastosa” pela atual gestão da pasta, nosso orgulho nacional vai permanecer “descendo a ladeira”, agora sem nenhuma desculpa, haja vista a quantidade a perder de vista de “altos coturnos” no governo, atualmente, ao que tudo indica, absolutamente alheios e indiferentes a um porvir seguro para a soberania nacional.

Paulo Ricardo da Rocha Paiva
Coronel de infantaria e Estado-Maior

Revista Sociedade Militar não necessariamente concorda com as opiniões expressas em artigos de colaboradores, a publicação visa enriquecer o debate e expor as diversas visões em torno dos diversos temas tratados pela revista online

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