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A CHANCE PARA DISSUADIR NO MAR – Opinião de colaborador

O CARRIER STRIKE GROUP/CSG é uma formação operacional da US Navy, geralmente composto por aproximadamente 7.500 militares, um porta-aviões, pelo menos um cruzador, um esquadrão com pelo menos dois destróieres e uma ala aérea de aproximadamente 70 aeronaves. Pode incluir ainda submarinos e um navio de apoio logístico.
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É o elemento principal da capacidade de projeção de força dos EUA. Geralmente são designados pelo nome do porta-aviões a que estão associados, por exemplo, Lincoln Strike Group (Fonte Wikipedia).
Já uma esquadra da Marinha norte-americana é composta por um conjunto de navios que pode variar de acordo com o propósito de suas diferentes tarefas. Normalmente nucleada em um porta-aviões com aviação embarcada para proteção à frota (interceptação, ataque, alarme aéreo antecipado, guerra eletrônica, etc.), socorro e salvamento e, principalmente, de capacidade de projeção de poder sobre terra, uma esquadra dessa dimensão tem como principal unidade esse conjunto “porta-aviões + aviação embarcada” como a unidade de maior valor.
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Esse conjunto é protegido por navios-escoltas com capacidade de defesa a longa, média e curta distância nas três dimensões (aérea, superfície e anti-submarina), além de navios de apoio logístico (combustível, mantimentos, munição, etc.) e de, no mínimo, dois submarinos nucleares na defesa submarina (Fonte Reativação 4a Frota US Navy-Sagres).
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Em verdade, o poder naval de “Tio Sam” vai permanecer, ainda por algum tempo, evidenciando sua supremacia por sobre os sete mares do planeta. Haveria alguma forma de, pelo menos, dissuadi-lo de projetá-lo no Atlântico Sul, por sobre a foz do Rio Amazonas ou em meio ao pré-sal brasileiro? É claro que num confronto clássico  entre a nossa diminuta esquadra de escoltas e submarinos, absolutamente inferiorizada em termos de potência de fogo, com uma esquadra ou mesmo contra um CSG, não levaríamos a melhor.
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Mas, porém, contudo, todavia, entretanto e se esses meios navais (atualmente em torno de 7 fragatas, 3 corvetas e 6 submarinos) estivessem decentemente artilhados com mísseis balísticos de cruzeiro, dotados da mesma capacidade de alcance/carga do inimigo, nos moldes das forças navais da Coréia do Norte ou mesmo do Irã? Será que não valeria a pena o alto comando da nossa Força Naval se imbuir do valor que teria este fato para proporcionar, que seja, uma chance de vitória à nossa mocidade para a luta no mar que se descortina?

Que se diga! A nação sempre estará solidária com os nossos, crédulos, filhos e netos marinheiros, atualmente, tiranicamente fragilizados. Marinha Sempre! Brasil Acima de Tudo!

Paulo Ricardo da Rocha Paiva
Coronel de infantaria e Estado-Maior
A Revista Sociedade Militar não necessariamente concorda ou discorda das opiniões expressas em artigos de colaboradores, a publicação visa enriquecer o debate e expor as diferentes visões em torno dos diversos temas tratados pela revista online
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