Colaboradores - artigos, estudos, reportagens

COMENTÁRIOS sobre MEIOS DA ESQUADRA REALIZAM LANÇAMENTO REAL DE ARMAS EM ALVO

MEIOS DA ESQUADRA REALIZAM LANÇAMENTO REAL DE ARMAS EM ALVO
Fonte Defesa Net

COMENTÁRIOS NAS ENTRELINHAS DE PAULO RICARDO DA ROCHA PAIVA
Texto – Lançamento de míssil superfície-superfície EXOCET MM-40, pela Fragata “Independência”.
Durante a primeira semana de junho, navios e aeronaves da Esquadra realizaram o lançamento de armas sobre um alvo de superfície, na área marítima oceânica entre o Rio de Janeiro e Cabo Frio (RJ), com o propósito de manter elevado o grau de proficiência das suas tripulações e sistemas de combate. Desta vez, o alvo foi o casco do ex-Navio de Desembarque Doca “Ceará”, considerado de grande porte, que foi rebocado pelo Navio de Apoio Oceânico “Purus” (G152) desde a Base Naval do Rio de Janeiro até a área do exercício, localizada a uma distância segura da costa.
Comentário – Em verdade, uma coisa é fazer fogo sobre um navio rebocado, desarmado, a uma distância capaz de ser batida pelo dito míssil com alcance máximo, irrisório de 70 km. Acontece que as belonaves das grandes potências navais extrarregionais não vão dar essa sopa no cercado. Que não se duvide, de bem mais distante do que 1000 km, vão alvejar nossas fragatas, estas que, talvez, estejam impossibilitadas de largar ferros já desde o seu ancoradouro por algum submarino nuclear do inimigo poderoso. Que seja dito, este pseudo adestramento pode até valer para o confronto com meios navais da Latino América, todavia, nunca, jamais, em tempo algum contra meios navais mais sofisticados.Texto – Participaram da operação o Navio de Socorro Submarino “Guillobel” (K120), o Submarino “Tupi” (S30), o Navio Doca Multipropósito “Bahia” (G40) e as Fragatas “Independência” (F44) e “Liberal” (F43). A missão contou, também, com a participação dos helicópteros “Lince” (AH-11B), “Águia” (UH-12) e “Guerreiro” (SH-16) e dos aviões “Falcão” (AF-1B/C).

Comentário – Estes meios aéreos podem até ter alguma chance, se decolarem de uma base aeronaval. Sim porque no caso de se pensar em desovar os HLCP do NAM ATLÂNTICO já em alto mar, a fobia do oponente para colocá-lo a pique vai ser desmesurada, podendo se repetir o desastre do Cruzador Belgrano, torpedeado durante a Guerra das Ilhas Malvinas, sacrificando agora nossos voluntariosos filhos e netos marinheiros, nada mais nada menos do que uma brava tripulação composta por 1295 crédulos combatentes.

Texto – Os meios da Esquadra empregaram diferentes tipos de armamento, incluindo torpedos, mísseis superfície-superfície, bombas e metralhadoras de aeronaves e canhões das fragatas, culminando com o afundamento do alvo, em decorrência dos impactos provocados pelo armamento. A Operação se reveste de elevada importância para a Marinha, pois permite verificar concretamente a eficácia dos sistemas de armas de nossos navios e aeronaves, responsáveis por assegurar a soberania do Brasil no mar.

Comentário – Acontece que esse nível da pletora de meios em armaria dos nossos escoltas e submarinos, em absoluto, não oferece nenhuma chance de êxito no confronto em uma batalha naval com os potentes oponentes extrarregionais que, não tarda, vamos topar num repente em deslocamento agressivo pelo Atlântico Sul.  Correr atrás do prejuízo é proibitivo! Navegar com destemor é impositivo!

Paulo Ricardo da Rocha Paiva  Coronel de Infantaria e Estado-Maior
Obs: Comentários sobre texto publicado no site DEFESANET – Link: https://www.defesanet.com.br/naval/noticia/40957/Meios-da-Esquadra-realizam-lancamento-real-de-armas-em-alvo/


A Revista Sociedade Militar não necessariamente concorda ou discorda das opiniões expressas em artigos de colaboradores, a publicação visa enriquecer o debate e expor as diferentes visões em torno dos diversos temas tratados pela revista online
Deixe um comentário
Compartilhe
Publicado por
Sociedade Militar