Forças Armadas

Cooptados pela “nova velha política”! Em troca de votos general-político oferece cargos e se desentende com o SENADOR Izalci Lucas

Em Brasília uma das últimas notícias diz que o filho do Senador Izalci Lucas foi demitido de seu cargo na Secretaria Especial de Cultura do governo por causa do posicionamento do pai que votou contra o governo na MP da privatização da ELETROBRÁS.

Sobre seu voto o parlamentar disse que: “Não é meu perfil votar em função de lobby ou em troca de alguma coisa. Nunca fiz isso na minha vida pública. Acho que as pessoas estão confundindo. É lamentável”.

” Presidente, meus queridos Senadores e Senadoras, não dá: não consigo fazer o que na vida toda aprendi que não deveria fazer. Eu estou entre aqueles que defendem a redução do papel do Estado na economia, mas isso não pode ser feito de qualquer maneira. A população das diversas regiões do País não pode ficar a deus-dará. Os consumidores precisam ser contemplados neste processo. E a MP, como está, deve aumentar as tarifas de energia, afetando principalmente as pessoas menos favorecidas.”, disse Izalci Lucas ao se posicionar contra o governo.

O parlamentar contou ao Jornal do Brasil que o general Ramos lhe ofereceu um cargo em troca de seu voto.

“Líder do PSDB no Senado, Izalci Lucas (DF) diz que os ministros Luiz Ramos (Casa Civil) e Gilson Machado (Turismo) o procuraram antes da votação da medida provisória da privatização da Eletrobras na Casa, na quinta-feira (17), para oferecer a nomeação de uma pessoa que ele havia indicado quando era vice-líder do governo no Senado” de Jornal do Brasil.

A partir dessa demissão, aparentemente, o parlamentar passa novamente a adotar uma postura mais crítica em relação ao governo. Desde essa terça-feira circula vídeo onde se vê o senador Izalci Lucas cobrando no PLENÁRIO, na seção de 22 de junho de 2021, o cumprimento de compromisso do governo em relação a revisar itens da lei 13.954

O senador citou expressamente o general Ramos.

” Presidente, eu quero me solidarizar com os familiares, com as famílias que perderam mais de 500 mil pessoas, de uma forma especial hoje com os familiares do meu querido Senador Major Olimpio.

E por que isso, Presidente? Eu me refiro ao que foi dito no art. 8º. Nós, na votação do projeto de lei, aliás, a Lei 13.945, que tratou da previdência e da reestruturação das Forças Armadas, no dia 17/12/2019, fizemos no Plenário um acordo com o Líder do Governo, à época com o Ministro de Governo General Ramos, com o Líder Fernando, com o Presidente Davi Alcolumbre e com os demais Senadores, e o Major Olimpio foi também um constante guerreiro em relação a essa matéria. Ficou para trás a questão dos pensionistas, dos praças da reserva, e houve um compromisso do Governo – isso está gravado e filmado – em relação à revisão. No mês de janeiro de 2020 já, faríamos a primeira reunião para fazer alguns ajustes, inclusive alguns por decreto, e àquilo que não fosse possível fazer por decreto seria encaminhado um projeto de lei para os ajustes dessa restruturação.
Fizemos diversas cobranças – eu sei que V. Exa. não era o Presidente à época –, mas o Presidente Davi Alcolumbre, juntamente com o Líder Senador Fernando Bezerra, assumiu o compromisso publicamente de que fariam realmente esse ajuste. Lamentavelmente, as nossas pensionistas e os nossos QESAs estão até hoje cobrando isso. Lamentavelmente, com a pandemia, não foram possíveis aglomerações e movimentações. Fizemos diversas lives no sentido de cobrar essas questões. Por isso que eu digo – eu aprendi ainda, Presidente, quando criança –, meu pai me dizia: “Meu filho, ninguém é obrigado a fazer acordo, ninguém é obrigado a prometer nada, mas, quando promete, quando faz acordo, tem que cumprir”.
Então, eu, que sempre participei da Comissão de Defesa Nacional, sou R2, servi o Exército, tenho um carinho especial, aprendi que os valores básicos do Exército Brasileiro são honra, honestidade, verdade, justiça, respeito, lealdade e integridade. O acordo foi feito. O que não faltam são vídeos do momento do acordo e de declarações feitas no Congresso, no Senado Federal. Então, eu estou cobrando, Presidente, que a gente possa realmente cobrar do Governo esse acordo que foi celebrado, e não foi cumprida, sequer, a reunião.
Obrigado, Presidente.”

Revista Sociedade Militar

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Sociedade Militar