Numa tarde de sábado, em plena pandemia de coronavirus, um marujo realmente “de-Mu” foi visto em um subúrbio da cidade do Rio de Janeiro, fardado e entrando em um cinema com uma boyzinha que usava o tradicional “rabo de cavalo”.
Sem saber, o jovem e nada cafona casal, que – numa nice – provavelmente sequer percebeu o registro da imagem, se tornou motivo de muita prosa nas redes sociais. Foram centenas de comentários em vários fóruns de discussão.
A recém-batizada obra de arte “o quinca e sua boyzinha” de fato tem tudo pra render cópias e ser transformada em quadros usados em cassinos, refeitórios e áreas comuns de militares, pois foi interpretada como uma espécie de “ultimo suspiro”, como um resgate de tradições bem simbólicas antes frequentes entre militares de todas as forças armadas.
A imagem circula pelas redes sociais de militares das três forças e – não fosse as máscaras usadas pelo marujo e sua mina – imaginar-se-ia que se trata de fato quotidiano registrado nos anos 80 ou 90.
Diante de um quotidiano tão complicado hoje vivido, notícias tão intrincadas, ardis políticos e fatos que quase sempre nos colocam pra baixo dominando as rodas de conversa, a imagem indubitavelmente é um alento, traz a memória hábitos bem comuns e prazerosos que quase não se vê mais no dia de hoje.
“Nem tudo está perdido, a Marinha ainda respira!“, foi um dos comentários encontrados sobre a imagem em redes sociais .
Glossário:
Quinca – Marinheiro (anos 70-80) ;
Boyzinha – namorada do marinheiro, moça (anos 70 – 90)
Rabo de cavalo – penteado feminino (anos 60 – 90)
De-mu – Militar que gosta de mulheres (anos 70 – dias de hoje)
Cafona – mal vestido, maltrapilho (anos 70 – 80)
Mina – Jovem mulher (anos 80)
Numa nice – despreocupado, tranquilo (anos 70-80)
Prosa – conversa entre amigos. (anos 60 – 80)
Robson Augusto – Revista Sociedade Militar
Imagem/fonte: Redes sociais de militares
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