Forças Armadas

Bolsonaro foi ou não foi expulso do Exército Brasileiro? Respondendo perguntas e desafiando falácias

“Bolsonaro foi expulso do Exército?”, respondendo a leitores

Com muita frequência chega até a editoria da Revista Sociedade Militar algum questionamento alegando que se Bolsonaro foi expulso do exército não poderia ser chamado de capitão.

Bolsonaro como capitão

É sim verdade que o atual presidente da república enquanto estava na ativa como capitão do Exercito Brasileiro foi implicado em diversos itens do regulamento disciplinar, chegando ainda a ser indiciado como réu em processo que tramitou na justiça militar.

O capitão Bolsonaro, por ter se indisposto com a cúpula do Exército por causa de questões salariais que afetavam principalmente a baixa oficialidade e graduados, acabou se tornando para estes o militar mais admirado de sua época e, por outro lado – pela ótica da cúpula das Forças Armadas – o mais odiado.

Muitos dizem que foi justamente o apreço e admiração por parte da tropa que fez com que fosse absolvido na justiça militar federal.

Bolsonaro era ainda na ativa visto como um ícone, como o único que teve coragem de enfrentar os generais, em tempos em que estes eram ainda vistos como extremamente poderosos.

Segundo jornais da época os Altos Coturnos, inclusive o ilustre general  Leônidas Pires Gonçalves, tiveram medo de que uma punição rigorosa ou expulsão contra Jair Messias Bolsonaro causasse uma grande indignação em sargentos e baixa oficialidade a ponto de ocorrer uma insurreição em pleno fim do regime militar. Nunca antes um militar ousou tanto a ponto de desafiar e expor o exército em jornais e revistas de âmbito nacional.

A força não admitia que ninguém que não pertencesse à cúpula falasse sobre os soldos.

Não é de hoje que BOLSONARO se impõe diante de generais, por isso atira-se no lixo das falácias, mentiras, invencionices, colocações que sugiram que possa haver uma inversão de autoridade no palácio do Planalto, como PRESIDENTE DA REPÚBLICA, com o a índole que possui, é impossível que Bolsonaro seja manipulado pelos generais que emprega em seu governo.

Vários já foram demitidos e outros tantos serão, caso não queiram se submeter a suas ordens.

Prisão de Bolsonaro

O Jornal A Tribuna publicado em 4 de setembro de 1986 falava sobre uma possível prisão de Jair Bolsonaro. Na época, finzinho dos governos militares, dado o status do então capitão paraquedista, muitos previam que poderia ocorrer uma insurreição nos quartéis.

assim que a notícia se espalhar muitos outros oficiais se apresentarão presos e os desdobramentos serão inevitáveis…”

Não houve insurreição, alguns dizem que o próprio capitão colocou de lado qualquer possibilidade de que isso pudesse ser feito. Pouco tempo depois ele se afastou temporariamente, em 1987, para se candidatar a vereador pela cidade do Rio de Janeiro. Muitos apertaram as suas mãos nas portas dos quarteis da Marinha na Avenida Brasil, do Exército em Deodoro e da FAB na Ilha do governador. Após eleito, em 1988 – por força do que está previsto no Estatuto dos Militares, o capitão Jair Bolsonaro foi reformado ex-officio, como capitão da reserva e com salário equivalente ao seu tempo de serviço.  

Estatuto dos Militares , artigo 52. “… se eleito, será, no ato da diplomação, transferido para a reserva remunerada, percebendo a remuneração a que fizer jus em função do seu tempo de serviço.”

Bolsonaro não foi expulso do Exército Brasileiro, como foi transferido para a RESERVA REMUNERADA hoje é um militar REFORMADO.

Robson Augusto, Revista Sociedade Militar

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Sociedade Militar