Forças Armadas

Artigo de colaborador – Substituição de PROPOSTA DE MODERNIZAÇÃO DE VIATURA

SUBSTITUIÇÃO DE PROPOSTA DE MODERNIZAÇÃO DE VIATURA

A “Revista Sociedade Militar” veiculou a matéria ‘Exército admite que em tropas mecanizadas possui lacunas de capacidades que comprometem seu poder de combate. Proposta de modernização de viaturas”.  O texto da referida proposta enseja alguns comentários para avaliação, com outra proposta mais objetiva em substituição.

   Texto – A Força Terrestre propõe, em documento interno, a obtenção de pelo menos 201 viaturas blindadas de combate CASCAVEL. Tidas como altamente operativas para o cidadão leigo, as viaturas atualmente em operação na verdade são vistas pelo público interno como “complicadas”. Militares têm admitido que há problemas que vão do desempenho operacional à manutenção.
Comentário – Além de “complicadas” as referidas viaturas não evidenciam retorno no concernente ao ‘estágio de dissuasão extrarregional’ face às ‘grandes potências militares’ capazes de nos ameaçar.

  Texto – Os principais objetivos da Força Terrestre são obter até 201 (duzentas e uma) VBR-MSR EE-9 CASCAVEL modernizadas, sendo considerada a primeira fase de 98 (noventa e oito) viaturas. Nas diretrizes para aplicação do projeto de modernização consta que as viaturas poderão ser utilizadas em missões conjuntas com órgãos de segurança pública.

Comentário – Segurança Pública é “garantia da lei e da ordem’, a chamada “GLO”, que não tem nada com a defesa nacional, lamentavelmente tudo de acordo com os desígnios preconizados pelo suspeitíssimo “Consenso de Washington’, de gendarmerização das nossas, até o presente momento, “Desarmadas” Forças, e dos demais países latino americanos.

Texto – A PORTARIA – EME/C Ex Nº 459, de 2 de agosto de 202, aprova a Diretriz de Implantação do Projeto de Modernização da Viatura Blindada de Reconhecimento Média Sobre Rodas EE-9 Cascavel (VBR-MSR EE-9 Cascavel). Artigo 1º: Fica aprovada a Diretriz de Implantação do Projeto de Modernização da Viatura Blindada de Reconhecimento Média Sobre Rodas EE-9 Cascavel (VBR-MSR EE-9 Cascavel) – (EB20-D04.006), integrante do Subprograma Forças Blindadas, do Programa Estratégico do Exército Obtenção da Capacidade Operacional Plena.

 Comentário – Em lugar desta portaria, que pode muito bem ser aprovada em outra oportunidade menos periclitante, sobreleva providenciar uma de importância vital, que seria a PORTARIA – EME/C Ex SEM Nº, ATRASADA DESDE 1985, aprovando a Diretriz de Agilização do Projeto Viatura Plataforma de Vetores Balísticos de Cruzeiro VDR ASTROS II 1500/2500 KM, sem limite de carga, de Defesa Alada. Esta que preconizaria em seu Artigo 1º: – Fica aprovada a Diretriz de Agilização Urgente e Emergencial do Projeto Viatura Plataforma de Vetores Balísticos de Cruzeiro – VDR ASTROS II 1500/2500 KM, sem limite de carga, de Defesa Alada, integrante do Subprograma Defesa Antiacesso, do Programa Estratégico do Exército Obtenção da Capacidade de Dissuasão Extrarregional Operacional Plena. Que seja dito, muito imaginado e apregoado até então, mas, até hoje, aguardando “em banho maria”. Sua FINALIDADE seria: – “Regular as medidas necessárias à implantação dos trabalhos do Projeto Viatura Plataforma de Vetores Balísticos de Cruzeiro – VDR ASTROS II 1500/2500 KM, sem limite de carga, de Defesa Alada integrante do Subprograma Defesa Antiacesso, do Programa Estratégico do Exército Obtenção da Capacidade de Dissuasão Extrarregional Operacional Plena.

1) A justificativa do projeto, em observância ao prescrito na portaria em substituição, visaria a consecução dos seguintes OEE:
a) OEE 1 – contribuir real e definitivamente com a dissuasão extrarregional;
b) OEE 3 – contribuir com o desenvolvimento sustentável;
c) OEE 9 – implantar um novo e efetivo Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação.

2) A Viatura Plataforma de Mísseis AVM-300 KM, em uso já há anos na Força Terrestre, apresenta uma inquestionável defasagem tecnológica, que inviabiliza a dissuasão extrarregional.

3) A Viatura Plataforma de Vetores Balísticos de Cruzeiro – VDR ASTROS II 1500/2500 KM, sem limite de carga, de Defesa Alada, deverá, no que se fizer necessário: sanar limitações nas capacidades de Comando e Controle/Consciência Situacional, Optrônicos e Armamento/Controle de Tiro; viabilizar suficiente desempenho doutrinário e operacional, de acordo com os parâmetros do Exército, extensivos ao aspecto logístico, minimizando as dificuldades na obtenção de suprimentos para a manutenção da mesma.
_ Objetivos do projeto _
1) Obter até 225 (duzentas e vinte e cinco), para dotar “15” baterias a ‘15’ VPTF-ASTROS II 1500/2500 KM, sem limite de carga, destinadas a guarnecer a fronteira norte e o litoral/costa do País, sendo considerada a primeira fase de cento e cinquenta viaturas, para as baterias em Tabatinga/AM, São Gabriel da Cachoeira/AM, Boa Vista/RR, Macapá/AP e Belém/PA, São luís/MA, Natal/RN, Salvador/BA, Santos/SP e Rio Grande/RS. Numa segunda fase, as baterias em Fortaleza/CE, Aracaju/SE, Vitória/ES, Rio de Janeiro/RJ e Florianópolis/SC.

2) Integrar os sistemas de plataforma veicular, de comando e controle (C²) e de armas.

3) Contribuir com a capacitação, qualificação e treinamento dos recursos humanos para a viatura modernizada e seus sistemas.

4) Contribuir com o planejamento e implantação do Sistema Logístico Integrado (SLI) necessário à viatura e seus sistemas.

5) Participar do planejamento e coordenação da experimentação doutrinária e logística.

6) Contribuir na preparação do Exército Brasileiro para a substituição das suas VPTF AVM-300 KM pelas modernizadas VBTF ASTROS II-1500/2500 KM, sem limite de carga.

7) Estender a vida útil do MEM por pelo menos 15 (quinze) anos, a partir da entrega da última VPTF modernizada.

c. Prioridade do projeto. É prioritário, uma vez que a artilharia do Exército Brasileiro possui lacunas de capacidades que comprometem seu poder de combate para cumprir a sua missão constitucional de defesa da Pátria, máxime quanto à sua atual incapacidade de dissuadir o inimigo, bem antes que este se aproxime da linha de fronteira ou do litoral/costa.

– Orientações para o funcionamento do projeto-

1) Situação para o emprego operacional ou administrativo
O emprego operacional da VBTF ASTROS II-1500/2500KM está destinado às baterias do referido material, aquarteladas em organizações militares existentes nos locais previstos, a estas vinculadas para efeito de apoio administrativo, situação que deve perdurar até que as respectivas subunidades sejam transformadas em grupos de foguetes e mísseis/GAFM.

2) Atuação conjunta com outros órgãos ou Forças.
O projeto, quando necessário, poderá, mediante coordenação prévia e/ou por intermédio do Estado-Maior do Exército (EME), estabelecer contato com o Ministério da Defesa (MD), demais Forças Singulares, agências ou órgãos públicos (civis ou militares).

Paulo Ricardo da Rocha Paiva
Coronel de infantaria e Estado-Maior

Fonte: Boletim do Exército

Texto de colaborador. A Revista Sociedade Militar não necessariamente concorda ou discorda com textos assinados por colaboradores, a publicação integral é parte de nossa política de discussão livre de conteúdos e assuntos relacionados às Forças Armadas e instituições de segurança brasileiras.

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Sociedade Militar