No dia 7 de setembro o general Hamilton Mourão, vice-presidente da república, postou em suas redes sociais uma fotografia que o mostrava usando uma bandeira da China na Lapela.
Como um rastilho de pólvora a imagem rapidamente foi compartilhada em milhares de postagem nas redes sociais de bolsonaristas que acreditam que a potência econômica, que é hoje o principal parceiro comercial do Brasil, tem intenções como escravizar os brasileiros ou transformar o Brasil em um país comunista.
Em entrevista concedida ao Pode360 o general tentou desmistificar um pouco essa visão, que considera exagerada e que em certos momentos esteve prestes a atrapalhar de fato as relações econômicas entre os dois países.
Mourão ao Poder 360, em entrevista divulgada nessa quinta-feira (16/09/2021), declarou que a saída de Ernesto Araújo reduziu a tensão com a China
“Carlos França [novo ministro] tirou um pouco da belicosidade… A própria China não é comunismo clássico. É um regime forte, autoritário, mas com liberdade econômica, que não é característica do comunismo. A partir do momento que se desmistificou esse discurso de comunismo e a própria maneira de agir do ministro França, as relações melhoraram….”
A divulgação da visão do vice-presidente já começou a ecoar pelas redes sociais com postagens como “Mourão saiu do armário”.
O oficial não é o primeiro general a ser chamado de comunista. Ainda durante o governo Dilma muitas postagens em redes sociais tentavam emplacar a idéia de que o general Villas Bôas, então comandante do Exército, por se negar a realizar uma intervenção militar e por ter servido como adido do Exército na China era um comunista, adepto de Mao Tse Tung, etc.
O Exército Brasileiro mantém um adido militar na China e com frequência envia oficiais para realizar cursos em academias das forças armadas do país.
Veja: Oficiais do Exército Brasileiro concluem curso na CHINA
Deixe um comentário