Nas redes sociais o Superior Tribunal Eleitoral faz postagens em tom de comemoração por conta do recorde de inscrições para o teste público de segurança sobre as urnas eletrônicas. Mas, tudo indica que a multidão que se inscreveu o fez justamente porque não tem fé de que haja lisura no processo de apuração.
“O número de pré-inscrições aprovadas no #TPS2021 é recorde entre todas as edições! A lista de participação já conta com 39 investigadoras e investigadores pré-inscritos. É muita transparência envolvida – vem ver: bit.ly/PreInscricoes-
“
“Texto do TSE
Sobre o TPS
Durante os testes, especialistas e não especialistas de fora da Justiça Eleitoral são apresentados ao sistema eleitoral e executam planos de ataque para tentar quebrar as camadas de segurança do voto eletrônico.
As vulnerabilidades encontradas pelos investigadores são corrigidas, e o sistema – já atualizado – é novamente submetido a testes. Esse procedimento garante que a urna eletrônica e os sistemas a ela atrelados cheguem ainda mais robustos à eleição.
O TPS é realizado desde 2009 e, em cinco edições, contou com a colaboração de 109 participantes, que puseram em prática 64 planos de ataque ao sistema eletrônico de votação, totalizando 162 horas de testes públicos executados.
Pré-inscrições
Ao todo, foram recebidas 23 pré-inscrições de interessados em participar do TPS 2021. São 16 investigadores que optaram por trabalhar individualmente, e os demais estão divididos em sete grupos. Na edição de 2021, um fato inédito chama atenção na lista dos pré-inscritos, como explica o chefe da Seção de Voto Informatizado do TSE (Sevin/TSE), Rodrigo Coimbra.
“Nesta edição, houve um maior interesse de pessoas de fora da TI. Dez bacharéis em Direito se inscreveram, entre inscrições individuais e grupos, que têm entre duas e cinco pessoas cada. Também se inscreveram especialistas em auditoria. O TSE não limita a participação a especialistas em Tecnologia. Estamos passando por um ano em que o debate sobre a segurança do processo eleitoral atingiu todos os públicos. Então, é natural que tenhamos pessoas de outras áreas do conhecimento querendo entender como funciona o processo e buscando contribuir de alguma forma”, destaca.
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