“era uma ilha bucólica, e eu como sou um camponês, me senti em casa… e eu fiquei impressionado… com a vacaria, havia um vaqueiro, que era um sargento, que coletava o leite das vacas e o que consumíamos na Ilha da Marambaia era desse curral… “
Era o mês de maio de 1980, mas a convocação só viria de fato em julho e o início da formação seria em setembro. Nesse ínterim, o Suboficial Ângelo, então apenas um candidato a Fuzileiro naval, havia pedido demissão do emprego em Natal e não poderia voltar pra casa, no interior da Paraíba. Naquela época não existia telefone celular e os canais de comunicação que hoje existem. Por isso ele precisava se reapresentar semanalmente ao Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal a fim de verificar quando o embarque para o Rio de Janeiro ocorreria.
Com isso, Ângelo viveu uma situação curiosa, que relata no vídeo, e que antecipou a sua adaptação à vida militar, tornando tudo bem mais familiar quando chegou, finalmente, à Ilha da Marambaia para a sua formação.
Entre os fatos curiosos narrados Ângelo revela que no seu pelotão foram inseridos vários recrutas oriundos da FUNABEM, instituição que tratava de menores “desajustados” no Rio. “tornaram nosso recrutamento tão difícil… todo dia eu rezava… criaram uma revolução.” Segundo conta, a desordem gigantesca causada pelo grupo tornava permanente a impressão de que o pelotão todo, tido como indisciplinado, seria desligado da Marinha a qualquer momento.
“Impossível resumir tantas qualidades… O suboficial Ângelo, militar de caráter excepcional, conselheiro nato, de percepção apurada e excelente historiador é um dos militares mais esclarecidos e conhecedores de história militar que já conheci… e olha que eu conheço muita gente… É uma honra tê-lo no meu rol de amigos.” (Robson Augusto, sociólogo, jornalista, militar Rrm)
Fonte original: https://www.marinha.mil.br/cgcfn/pm_soangelo
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