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“Não há necessidade de sargento se eleger”, disse general. Suboficiais, sargentos e cabos das Forças Armadas que querem ingressar na política tradicionalmente têm dificuldades impostas pelas cúpulas armadas

by Sociedade Militar
13/04/2022
in Forças Armadas, Política Brasil, Políticos militares, militar & política
Reading Time: 4min read
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Por mais que no quotidiano militar, nas questões operacionais, os militares possam ser vistos como um só corpo, atuando com eficácia e com todas as partes bem ajustadas. No que diz respeito à questões administrativas e situações envolvendo saúde, salário e direitos, a cúpula das Forças Armadas – diferente do que ocorre nas Forças Auxiliares – passa ao largo das necessidades mais básicas da tropa e reluta em admitir que representantes dos graduados sejam alçados a posições de destaque, onde poderiam apresentar os pleitos das camadas mais à base das instituições.

Ainda nos anos 60 quando um sargento disse  que ia ser candidato a deputado federal pelo Estado do Rio de Janeiro, oficiais generais tentaram a todo custo dissuadi-lo da ideia.

Um episódio narrado pelo jornal Ultima Hora em 3 de outubro de 1962 soa – infelizmente – como se estivesse ocorrendo agora, quando os graduados das forças armadas buscam desesperadamente alguém que – sem radicalismo – sem paixões ideológicas e com poder de articulação, defenda as demandas da categoria na Câmara dos Deputados. O Marechal Mendes de Moraes, oficial de alta patente do Exército, então candidato a deputado federal, declarou publicamente que não via “necessidade de sargento se eleger deputado federal porque na Câmara há vários representantes que zelam pelo interesse da classe”. O oficial disse ainda que não chamaria jamais um sargento de excelência caso fosse eleito.

O sargento não deixou barato e aconselhou o general a sair da disputa eleitoral.

Naquele ano 7 graduados das Forças Armadas foram eleitos. 6 foram imediatamente cassados antes da posse e só um assumiu o cargo de deputado federal, Antônio Garcia Filho, que foi cassado em abril de 1964.

Nas eleições de 2020 vários graduados das Forças Armadas, sobretudo aqueles vistos como tendo mais potencial eleitoral, tiveram dificuldades para ser desligados das instituições armadas para realizar suas campanhas.

Um exemplo desse tipo de imposição de dificuldades ocorreu com o suboficial da Marinha Bonifácio. Enquanto os outros candidatos do mundo civil ou mesmo ligados à forças auxiliares já estavam de fato providenciando alianças, correndo atrás de financiamento para campanha e de fato conversando com possíveis eleitores, o militar em questão – que recebeu mais de 15 mil votos nas eleições imediatamente anteriores – lutava para se desarraigar da Marinha do Brasil, que somente o liberou para a campanha bem tardiamente, depois da ajuda de advogados especialistas em direito eleitoral.

O militar tinha entre suas propostas de campanha questões relacionadas ao atendimento médico de militares e pensionistas e aparentemente a estrutura militar já se sentia incomodada com as possíveis mudanças mesmo antes de ele iniciar a divulgação em amplo espectro de seu material de campanha.

Na época a Revista Sociedade Militar ouviu o Dr José Carlos Costa Simonin, advogado do Partido Republicanos – Rio de Janeiro, por onde deve se candidatar o Suboficial fuzileiro naval Bonifácio. O jurista explicou que a “liberação” para Cargo Eletivo de Natureza Política não se trata de uma concessão por parte da Marinha, que está em lei e que é um DIREITO CONSTITUCIONAL, que “basta comunicar, ter o documento do partido“. Disse ainda que a Marinha desde 1992 tem esse tipo de procedimento e que já viu outros militares da força passarem por isso.

Ouvido pela revista, o militar envolvido na questão confirmou que as demandas que apresentaria em favor da tropa, principalmente as relacionadas a questões de saúde e salário, eram vistas como uma espécie de afronta quando apresentadas por um graduado.

“eles querem o monopólio dessa discussão, precisamos discutir a questão do atendimento médico, a questão salarial… lá no final da linha quem se da mal é quem ocupa as graduações mais baixas… os outros candidatos já estão em campanha, eu estou estacionado por conta dessa situação”, disse.

As categorias que representam camadas mais populares sempre tiveram que lutar contra dificuldades impostas por quem ocupa um degrau mais acima. Infelizmente nas Forças Armadas a coisa não parece ser diferente.

Espera-se que em 2022, quando possivelmente um oficial general concorrerá no Rio de janeiro ao cargo de deputado federal, não sejam colocadas novamente dificuldades para que cabos, sargentos e subtenentes tenham seus direitos eleitorais respeitados.

Robson Augusto é cientista social, jornalista e militar da reserva remunerada, escreve para a Revista Sociedade Militar

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