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Temos que DERROTAR GRAMSCI E FRANKFURT – Davidson Abreu

Sun Tzu, na Arte da guerra,  já nos trazia em seus ensinamentos básicos – conhece a ti e a teus inimigos.

A direita, no plano geral, não conhece nem a si mesmo, muito menos aos seus inimigos. Apesar de ser de conhecimento que a população brasileira possui maioria conservadora, sem contar liberais e outras vertentes de direita, o povo em geral, com diversas preocupações, geralmente são de direita, possui valores conservadores, mas não sabe disso.

Hoje, com as redes sociais, isso mudou bastante, contudo, não era raro ver pessoas nitidamente de direita, votarem em candidatos de esquerda devido ao carisma ou ao discurso bonito sem contraponto. Outra dificuldade era a ausência da direita no debate político, e quando muito algum picareta sem ideologia nenhuma se colocava em posição mais a direita, como o Collor e o Maluf, por exemplo.

Enquanto isso, a esquerda sempre foi mais organizada e politizada. Não estamos falando na população humilde seduzida por discursos populistas e trabalhistas, mas sim nas bases mais altas chegando às universidades até aos organizadores intelectuais.

Mesmo hoje, a direita não tem propriamente partido e sofre com poucas organizações nesse sentido. Sem contar é claro com os picaretas, do tipo do MBL, que surfam na onda, mas vão onde está o poder.

Até os mais politizados têm certa dificuldade de entender o que é anarquismo, anarcoliberalismo, liberalismo, conservadorismo, nacionalismo. Entretanto estamos bem mais avançados e entendemos a estratégia da esquerda que perdurou por décadas até se estabelecerem no poder.

As pessoas estão indo além de Marx, ouviram sobre Gramsci e a Escola de Frankfurt, alguns chegam a New Left e ao Pós Modernismo, e compreendem que a luta de classes passou para a luta cultural. Revivemos obras como 1984 e a Revolução dos Bichos, entendemos a luta para mudarem as palavras, a “Novilíngua” alertada por Orwell , ficamos alerta com a Espiral do Silêncio, vimos de perto a Estratégia das Tesouras.

Entre a estratégia da esquerda está a sua maior fraqueza – a censura. Enquanto filósofos como Olavo de Carvalho incentivavam seus seguidores a lerem autores comunistas, a esquerda omite autores de direita. Nas livrarias até um passado recente eram raras as obras, nas universidades não se falavam neles e o debate era nulo.

Óbvio. O jovem em formação pode se apaixonar pela esquerda, mas se tiver contato com a direita começará a questionar e a razão é mais forte. Sobrando para a esquerda apenas o radicalismo irracional.

Enquanto o cidadão comum, com características mais à direita, ao ter contato com as obras de esquerda, começa a enxergar suas artimanhas, como os fins justificam os meios e como tentam calar aos opositores.

Apesar de a esquerda estar perdendo território muito rápido, eles estão décadas a nossa frente e não possuem a característica de ceder espaço.

As instituições públicas e privadas estão aparelhadas. Jornais, revistas, emissoras de TV, streaming, Hollywood, universidades, estão há muito contaminadas.

Então agora que tomamos conhecimento, está na hora de conhecer mais a fundo, divulgar esse conhecimento e montar estratégias para a tomada de nosso espaço.

A estratégia de Gramsci deu certo e isso influencia por demais na sociedade de modo negativo. O que mais temo é a complacência com o crime, o que abala a Segurança Pública de nosso país violento.

A mentalidade do desencarceramento, do criminoso vítima da sociedade, da crítica ao direito penal, da deturpação dos Direitos Humanos, transformou nosso país em um campo de batalha e eles não param.

As universidades concluem essa doutrinação e hoje o Sistema Judiciário, o Sistema Penitenciário e até mesmo o Ministério Público está infectado, e isso reflete diretamente nos índices criminais.

Apesar de mais difícil em razão da função, até mesmo nos altos escalões das polícias podemos encontrar esse tipo de pensamento.

Outro erro estratégico fatal para a esquerda foi seu ódio contra os militares, e em nosso caso inclui as polícias militares. Ao chegarem ao poder, fizeram de tudo para desmoralização das forças militares e policiais.

Apesar de seus esforços, a opinião pública ainda enxerga nessas instituições como sendo as de maior confiabilidade.

Lula já falou sobre o erro de atacar as Forças Armadas nos governos petistas e Ciro já falou que a esquerda agiu de “forma equivocada” com as polícias. Afinal, eles sabem que uma revolução ou tomada mais discreta de poder, não se faz sem o apoio militar.

Por fim, estude, entenda, divulgue e atue ativamente para a mudança.

Davidson Abreu é Oficial da Polícia Militar de São Paulo
Especialista em Segurança Pública com mais de 28 anos de experiência.
Bacharel em Ciências Sociais e Jurídicas.
Professor, Escritor e palestrante.
Autor do livro Tolerância Zero, pelo selo Avis Rara e outros.

Revista Sociedade Militar

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