Forças Armadas

Ataques fatais contra soldados da ONU ocorrem no Congo. Brasil mantém 20 militares no país

Congo – ONU. Grupos armados na República Democrática do Congo realizam ataques fatais a soldados de paz usando como pretexto o momento da desmobilização, segundo líder da força da Missão da ONU no país, Monusco.

O general do Exército Brasileiro, Marcos Affonso da Costa, reitera o empenho das forças internacionais em proteger os civis, principalmente na região leste do país. Um oficial foi morto nesta semana, na atuação de boinas-azuis para conter a ação de mais de 100 grupos.

A atuação do Brasil na República Democrática do Congo é com um pelotão especializado em intervir na selva, com estratégias para combater grupos armados nesse contexto. Ao todo, a operação da ONU conta com mais de 16 mil soldados de paz. No contingente brasileiro, as mulheres compõem 10% do efetivo.

Da RD Congo, ele contou à ONU News como está a situação.

Vida comunitária

“Do dia 30 de setembro para 1º de outubro, uma base nossa que é guarnecida pelo Batalhão de Infantaria do Paquistão, em Minembwe, na província de Kivu do Sul, foi atacada por um grupo armado chamado Twirwaneho atuando naquela região. Alguns elementos anunciaram que iriam se render e passar pelo processo de desmobilização em curso aqui no país. Uma das soluções para o problema de segurança no Congo é desmobilização, desarmamento e reinserção desses grupos na vida comunitária. Quando se aproximaram da base atacaram e mataram um dos nossos militares do batalhão paquistanês.”

A resposta das forças internacionais ao ataque foi o reforço de uma patrulha conjunta com Forças Armadas.

“No dia seguinte, nós desdobramos, não só o reforço do próprio batalhão, mas também a nossa companhia de forças especiais da Guatemala. Desde então, no sábado, eles vêm com suas ações no sentido de auxiliar as Forças Armadas do Congo, para que capturem os responsáveis, como também realizarem operações no sentido de neutralizar esses grupos, esse grupo armado e a outros que atuam naquela região.”

Atos de retaliação marcaram a quarta-feira. A base foi atacada, novamente, por elementos armados em maior número. A resposta envolve o reforço da vigilância nessas áreas, como lembrou o general brasileiro Marcos Affonso da Costa.

Efetivos das Nações Unidas

“Desta vez , como a base estava bem defendida, é evidente, que eles não conseguiram se aproximar da base. Foram rechaçados e nós continuamos em operações lá em Minembwe. Estou indo para região, não somente para acompanhar as operações em curso, mas também para prestar minha homenagem no sábado, 8 de outubro, para o batalhão do Paquistão, todos os boinas-azuis daquele país e os nossos efetivos das Nações Unidas.”

Os atos são acompanhados pelo deslocamento da população para os assentamentos muitas vezes já lotados.

Ao todo, a contribuição do Brasil  na atuação  no país africano é com 20 especialistas especializados na selva.

Com informações das Nações Unidas – https://news.un.org/pt/story/2022/10/1803437

Revista Sociedade Militar

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