No último dia 7 de fevereiro o Exército realizou a passagem de comando da Força Terrestre oficializando a decisão de Lula em janeiro que levou a demissão do então comandante do Exército, General Arruda, dando lugar o novo Comandante, General Tomas. Mas o que poucos sabiam eram os reais motivos da demissão.
O Ministro da Defesa, José Múcio, em janeiro, conversou com a imprensa e deu os motivos que levaram a demissão do comandante, leia a seguir:
“Hoje nós investimos mais uma vez na aproximação das nossas Forças Armadas com o governo do presidente Lula. Evidentemente, depois desses últimos episódios, a questão dos acampamentos, a questão do 8 de janeiro, as relações, principalmente, do comando do Exército sofreram uma fratura no nível de confiança e nós achávamos que era preciso estancar isso logo de início, até para que nós pudéssemos superar logo esse episódio”, disse o ministro.
Passagem de Comando
Em seu discurso de despedida, o General Arruda lembrou do orgulho de ter vestido a farda verde-oliva, que envergou por 48 anos, e citou a conhecida fala do General Octávio Costa, afirmando que a farda não é uma veste que se despe com facilidade e indiferença, mas outra pele, que adere à própria alma.
Ao saudar o novo Comandante do Exército, General Tomás, o General Arruda afirmou que lhe passa um Exército dedicado e comprometido com sua missão constitucional, uma instituição de Estado, respeitada, apolítica e apartidária, um Exército digno da pátria brasileira. Disse que, com a liderança do Comandante substituto, o Exército permanecerá sempre pronto, unido e coeso, impondo os eternos valores, as tradições e os princípios.