Defesa e Geopolítica

Ucrânia inicia investigação sobre o assassinato de soldado ucraniano desarmado por soldados russos

Captura de tela de filmagem mostra prisioneiro de guerra ucraniano desarmado momentos antes de ser morto a tiros por soldados russos.

No vídeo, um soldado ucraniano é visto fumando um cigarro vestido com uniforme miiltar. Antes de ser atingido por disparos de armas automáticas, o soldado grita “Glória à Ucrânia!”. Em seguida, um dos atiradores – que se acredita ser um soldado russo – pode ser ouvido gritando “morra” e proferindo palavras ofensivas, direcionadas a prisioneiro de guerra morto. Logo depois, a gravação é encerrada. O suposto assassino, ou assassinos – que não são vistos no clipe – não foram identificados ainda.

O vídeo apareceu pela primeira vez nas redes sociais na segunda-feira. Até o momento, no entanto, não foi possível verificar onde e quando a filmagem foi feita, ou ainda, as circunstâncias em que o soldado ucraniano foi capturado.

“Encontraremos os assassinos”, disse o presidente Volodymyr Zelensky, no começo dessa semana.

Uma unidade militar ucraniana reconheceu o soldado, mas ainda não há relatos que confirmem sua identidade.

O estado-maior das forças armadas da Ucrânia declarou que “atirar em um prisioneiro desarmado é um desrespeito cínico e descarado às normas do direito humanitário internacional e aos costumes da guerra. Isso é o que fazem assassinos inúteis, não soldados. Os ocupantes russos mostraram mais uma vez que seu principal objetivo na Ucrânia é o extermínio brutal dos ucranianos.”

A Rússia não comentou publicamente o incidente.

Soldado ucraniano próximo a um prédio residencial destruído em Kherson. As forças russas bombardeiam a cidade e a região todos os dias. Foto: Agência Anadolu

Kiev e seus aliados ocidentais acusam as tropas russas de cometer crimes de guerra em massa desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, quando o presidente russo Vladimir Putin lançou uma invasão em grande escala da Ucrânia. A Rússia nega veementemente todas as acusações.

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Publicado por
Rafael Cavacchini