O F-35 Lightning II, considerado o jato de combate mais avançado do mundo, deverá custar aos cofres americanos um impressionante valor de US$ 2 trilhões ao longo de sua vida útil. Essa estimativa foi divulgada pelo Government Accountability Office (GAO), que aponta uma revisão significativa nos custos de manutenção e aquisição do programa.
De acordo com o relatório do GAO, os custos de manutenção do F-35 foram estimados em US$ 1,6 trilhões, um aumento de 45% em relação à previsão anterior de 2018, que era de US$ 1,1 trilhões. Além disso, os custos de aquisição, que incluem desenvolvimento e compra das aeronaves, estão estimados em US$ 445 bilhões.
Uma das razões para esse aumento nos custos de manutenção é a decisão das forças armadas dos EUA de operar o F-35 até 2088, uma década a mais do que o planejado inicialmente. A inflação também tem sido um fator contribuinte para a elevação dos custos, refletindo o cenário econômico atual.
O programa F-35 é complexo devido às suas três variantes: A, B e C, cada uma projetada para atender às necessidades específicas da Força Aérea, Marinha e Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA. Essa abordagem visa substituir múltiplas aeronaves mais antigas, concentrando diversas capacidades em um único modelo.
Apesar dos esforços da Lockheed Martin e do F-35 Joint Program Office para reduzir os custos, o programa continua a enfrentar desafios. Ainda assim, muitos consideram que o elevado custo é justificável devido às capacidades únicas e avançadas do F-35, que é capaz de realizar uma variedade de missões anteriormente distribuídas entre diferentes aeronaves.
O F-35A, versão convencional para decolagem e pouso, é utilizado pela Força Aérea dos EUA e por outros 19 países. O F-35B, capaz de decolagem curta e pouso vertical, é empregado pelo Corpo de Fuzileiros Navais. Já o F-35C, projetado para operações em porta-aviões, é utilizado exclusivamente pela Marinha e pelos Fuzileiros Navais dos EUA.
Fonte: National Interest