No dia 26 de julho, o Exército Brasileiro publicou artigo em tom claramente entusiasta a respeito dos resultados de uma recente pesquisa de confiabilidade em instituições nacionais.
Realizada pelo Instituto da Democracia (IDDC-INCT), a pesquisa tem como título “A Cara da Democracia”.
Apesar de se basear num crescimento módico de 2% em relação ao levantamento do ano anterior, a publicação enaltece os números obtidos pelas Forças Armadas na última pesquisa. Detalhes podem ser vistos em matéria publicada pela Revista Sociedade Militar.
Sem nenhum tipo de ressalva, a Força Terrestre conclui que a mudança de 20 para 22% no índice de confiabilidade das Forças Armadas reflete “o reconhecimento do trabalho desenvolvido por homens e mulheres que fazem parte dessas instituições de Estado voltadas para a defesa da Pátria.”
Ainda de acordo com o que foi divulgado no portal do Exército Brasileiro, em sua publicação “Pesquisa ratifica Forças Armadas como instituições de Estado mais confiáveis”, a Força afirma existir uma “tendência histórica de confiança e credibilidade nas Forças Armadas por parte da população brasileira.”
A pesquisa, realizada entre 26 de junho e 3 de julho, entrevistou 2.536 eleitores em 188 cidades das cinco regiões do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e o índice de confiança é de 95%.
MILITARES SÃO MAIS CONFIÁVEIS DO QUE RELIGIOSOS
O resultado mostra a posição das Forças Armadas como as instituições de Estado mais confiáveis, superando outras entidades como a Justiça Eleitoral (por apertados 3%) e o Supremo Tribunal Federal (por 9%).
Ou seja, apesar de vivermos em um regime democrático, Marinha, Exército e Força Aérea são consideradas pela sociedade 12% mais confiáveis do que o Congresso Nacional.
Já na esfera das instituições privadas, as Forças Armadas desfrutam de uma confiabilidade 14% maior do que os Partidos Políticos.
Conquanto estejam em primeiro e segundo lugares respectivamente, Igrejas e Forças Armadas estão separadas por um considerável abismo de 8 pontos percentuais.
Na prática, o número de brasileiros que confiam mais nos militares do que nos políticos é o dobro daqueles que confiam mais nos religiosos do que nos militares.
Em resumo, poderíamos dizer quase poeticamente que hoje no Brasil, o debate está em baixa, e a espada só perde para a cruz.