Em uma movimentação estratégica, a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Marinha do Brasil acabam de selar uma parceria para garantir que os pousos em navios e plataformas marítimas sejam mais seguros do que nunca. Trata-se do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) que promete fortalecer a vigilância da segurança operacional nas Estações de Telecomunicações Exclusivas (ETEX “M”). O foco é garantir que operações de pouso e decolagem em embarcações e plataformas marítimas ocorram de forma mais segura.
Responsabilidades compartilhadas
O acordo, sem ônus financeiro para as partes, contou com a assinatura do Vice-Almirante Carlos André Coronha Macedo, Diretor de Portos e Costas da Marinha, e do Coronel Aviador Grei Santana Gonsalves, da FAB. A ideia central é simples, mas crucial: a Marinha, por meio da Diretoria de Portos e Costas (DPC), assume a responsabilidade de realizar as inspeções de segurança nas ETEX “M”, em estreita coordenação com a ASOCEA – braço da FAB dedicado à segurança operacional no controle do espaço aéreo.
Capacitação técnica e otimização de recursos
Em termos práticos, a ASOCEA fornecerá a capacitação técnica ao pessoal da Marinha, que passará a conduzir as inspeções de forma independente, sem a necessidade de que cada etapa seja repetida por ambas as forças. Um ganho de eficiência, como destacou o Vice-Almirante Macedo: “A otimização de recursos humanos e materiais é um dos grandes benefícios deste acordo”, afirmou, ressaltando que o treinamento pela FAB evitará duplicação de inspeções em uma mesma embarcação ou plataforma.
Desafios no ambiente marítimo
Para o Coronel Santana, a parceria entre as duas Forças não poderia ser mais relevante. “Esse acordo é essencial para elevar os níveis de segurança nesse segmento específico da aviação civil, que opera em condições únicas no ambiente marítimo”, pontuou.
Próximos passos
O próximo passo é a realização de cursos específicos para os inspetores da Marinha, enquanto as vistorias de homologação e inspeções nos helideques (estruturas marítimas fixas ou flutuantes destinadas ao pouso e decolagem de helicópteros) já serão integradas ao cronograma conjunto de ambas as forças.