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Pequena ilha no mar da China pode se tornar o maior centro de armas nucleares do país, podendo fabricar até 50 ogivas por ano, alertam especialistas.

Projeto de reatores nucleares de alta tecnologia na ilha de Changbiao, inicialmente descrito como civil, levanta preocupações de uso militar iminente.

por Alves
09/12/2024
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A ilha de Changbiao, localizada no mar da China Oriental, passou de um território inóspito e isolado para o centro de um dos projetos mais avançados e protegidos do governo chinês. Nos últimos anos, o terreno foi transformado com a construção de reatores nucleares do tipo “fast breeder”, tecnologia que pode gerar plutônio de grau militar. Apesar das declarações do Partido Comunista Chinês de que o projeto tem fins exclusivamente civis, analistas e autoridades ocidentais têm dúvidas sobre essa versão oficial.

Admiral Sir Tony Radakin, chefe do Estado-Maior de Defesa do Reino Unido, destacou recentemente que o mundo entrou em uma “terceira era nuclear”, com a crescente ameaça da China como um dos principais fatores de preocupação. Estudos indicam que a expansão do arsenal nuclear chinês pode igualar em breve o de superpotências como os Estados Unidos e a Rússia, mudando o equilíbrio global de poder.

Especialistas afirmam que os reatores rápidos podem produzir plutônio altamente puro, utilizado em armas nucleares. Um relatório do Departamento de Defesa dos Estados Unidos revelou que a China já modernizou seus mísseis intercontinentais, iniciou a construção de novos silos de armazenamento e está conectando dois reatores rápidos à rede de energia.

O papel dos reatores rápidos no avanço nuclear da China

Os reatores rápidos, como os CFR-600 em construção em Changbiao, utilizam nêutrons rápidos para criar mais plutônio do que consomem. Cada reator tem a capacidade de produzir cerca de 200 quilos de plutônio por ano, quantidade suficiente para fabricar 50 ogivas nucleares, segundo especialistas. Embora o plutônio produzido não possa ser usado diretamente em armas, ele pode ser processado em instalações específicas, algumas já em construção na China.

Enquanto o governo chinês nega qualquer intenção militar com o projeto, os Estados Unidos e outros países demonstram ceticismo. Relatórios de inteligência revelam que a Rússia desempenha um papel essencial no fornecimento de materiais cruciais para os reatores rápidos da China. Em 2022, a Rosatom, estatal russa de energia atômica, enviou combustível essencial para a operação do primeiro reator.

Além disso, um acordo de cooperação assinado em março de 2023 entre a Rosatom e a autoridade de energia atômica da China deve ampliar a parceria em projetos como os reatores rápidos. Tal aliança preocupa as potências ocidentais, já que fortalece o avanço chinês na corrida nuclear global.

Aumento do arsenal nuclear chinês e o impacto na geopolítica global

Analistas indicam que a expansão do arsenal nuclear chinês está ligada à ambição do presidente Xi Jinping de “reunificar” Taiwan à China continental, potencialmente pela força. O reforço nuclear serviria como elemento de dissuasão contra a intervenção militar dos Estados Unidos, que prometeu defender Taiwan em caso de ataque.

Nikolai Sokov, ex-negociador de tratados nucleares da Rússia, comparou a postura da China ao comportamento de Vladimir Putin no conflito na Ucrânia. Para ele, o arsenal nuclear seria usado como uma ferramenta para intimidar adversários e negociar em posição de força. Essa estratégia é um reflexo do aumento das tensões na Ásia e do papel crescente da China como uma potência militar global.

Apesar disso, a ausência de canais diretos de comunicação nuclear entre Washington e Pequim preocupa autoridades ocidentais. Diferentemente da relação EUA-Rússia, que conta com linhas diretas para evitar mal-entendidos nucleares, não há mecanismos semelhantes com a China. Isso amplia os riscos de conflitos inadvertidos ou escaladas descontroladas.

Desafios para conter a corrida nuclear chinesa

A resistência de Pequim em participar de negociações sobre controle de armas nucleares com os Estados Unidos contribui para a instabilidade global. Autoridades americanas acreditam que pouco pode ser feito para frear o programa nuclear chinês nas próximas décadas. Em um relatório recente, o Pentágono alertou que, até a década de 2030, os EUA enfrentarão dois grandes concorrentes nucleares: China e Rússia.

Enquanto isso, a China segue avançando em seu programa nuclear, com o segundo reator rápido previsto para operar até 2026. As implicações desse projeto continuam a ser monitoradas de perto por governos e especialistas, que alertam sobre o impacto potencial de uma nova corrida armamentista no cenário global.

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