Estima-se que entre 10 mil e 12 mil soldados norte-coreanos já tenham sido enviados à Rússia. Segundo relatos, os primeiros combatentes foram posicionados na região de Kursk, próxima à fronteira com a Ucrânia. Fontes indicam que algumas dessas tropas já enfrentaram ataques na área, o que evidencia sua presença direta no campo de batalha.
De acordo com Wi Sung-lac, membro do comitê de inteligência parlamentar sul-coreano, Pyongyang teria recebido não apenas apoio financeiro, mas também toneladas de alimentos e tecnologia espacial como forma de pagamento pela colaboração militar. O objetivo seria fortalecer a aliança estratégica e garantir benefícios econômicos e tecnológicos para a Coreia do Norte.
A aproximação entre os dois países foi marcada por um encontro recente em Moscou entre o presidente russo, Vladimir Putin, e a ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Choe Son Hui. Essa reunião destacou a crescente cooperação militar e diplomática, aumentando o alerta no Ocidente sobre os impactos dessa aliança no cenário global.
Enquanto isso, o chanceler russo Sergei Lavrov acusou os Estados Unidos de preparar a Europa para um possível envolvimento direto na guerra. Ele afirmou que o Ocidente está incentivando a escalada do conflito em caso de derrota do governo ucraniano. Lavrov também reafirmou a disposição do Kremlin para dialogar, mas criticou as propostas recebidas até agora por não atenderem aos interesses russos.
Por outro lado, líderes europeus estão intensificando suas preocupações. O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, esteve em Seul para discutir a situação. Em declarações após o encontro com o ministro da Defesa sul-coreano, Kim Yong Hyun, Borrell enfatizou a importância de fortalecer o apoio à Ucrânia diante da nova ameaça representada pela presença de tropas norte-coreanas.
A escalada também foi abordada pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Ele alertou que a internacionalização do conflito pode trazer consequências devastadoras e pediu esforços diplomáticos para evitar uma ampliação perigosa da guerra.
Diante das novas revelações, especialistas observam que o reforço militar e econômico da Coreia do Norte, aliado à troca de tecnologias estratégicas, pode representar um risco crescente para a estabilidade global. Enquanto isso, as tensões continuam aumentando, alimentadas pelo alinhamento entre Moscou e Pyongyang e pela resistência do Ocidente em ceder no apoio à Ucrânia.
Com informações de: Diario de Pernambuco