O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom-PR), Paulo Pimenta (PT), usou as redes sociais para fazer um apelo pela presença da militância petista em ato a ser realizado no próximo dia 8 de janeiro. Segundo ele, a data marcará dois anos “da tentativa de golpe de Estado no Brasil”. O evento, que contará com a presença do presidente Lula (PT), será realizado no Palácio do Planalto, onde, num gesto simbólico, Lula descerá a rampa para “abraçar o povo”, conforme anunciado por Pimenta. Ao relembrar os acontecimentos do de 2023, Pimenta também fez duras acusações contra os militares das Forças Armadas.
Segundo o site 247, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom-PR), Paulo Pimenta (PT) em vídeo publicado, tornou a salientar a gravidade dos atos de 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram a sede dos Três Poderes em Brasília.
Pimenta destacou que, embora muitos envolvidos estejam presos, ainda falta responsabilizar os mentores e financiadores do movimento.
“Já tem uma quantidade importante de pessoas presas, mas os cabeças, os mandantes, os financiadores do golpe ainda não foram julgados. E serão julgados no decorrer deste ano pelo Supremo Tribunal Federal, dentre eles Jair Bolsonaro”, afirmou Pimenta.
Pimenta aponta cumplicidade entre militares e bolsonaristas
Apesar de alguns militares do alto escalão estarem enfrentando a Justiça por envolvimento com o que as investigações apontam como “tentativa de golpe de Estado”, o ministro subiu um pouco o tom e abordou o papel das Forças Armadas durante a crise que descambou no 8 de janeiro. Ele voltou a 2022 e questionou a permanência prolongada de acampamentos golpistas em frente aos quartéis por semanas.
Para ele, houve um claro sinal de conivência. “Eu sempre fico me perguntando, tenta montar uma barraca na frente do quartel, do lado do muro do quartel, para ver quantos minutos dura a tua barraca ali antes de tu ser expulso pelos militares, enquanto os acampamentos permaneceram dias e dias nas áreas militares. Teve muita cumplicidade”, destacou.
Pimenta relembrou o cenário de devastação que encontrou ao adentrar o Palácio do Planalto logo após os ataques, acompanhado de Wadih Damous. Ele enfatizou que os crimes cometidos não podem ficar impunes e que a sociedade precisa entender a gravidade de atentados contra a democracia.
“O que essa gente fez não pode passar nenhuma ideia de impunidade. As pessoas precisam saber que crime contra a democracia é um crime muito grave e que todos aqueles que atentarem contra a democracia têm que pagar pelo crime que cometem”, finalizou.