A Sérvia anunciou a modernização de suas capacidades de defesa aérea com a implantação do sistema de mísseis FK-3, uma versão de exportação do HQ-22 chinês. A atualização marca um avanço significativo na segurança nacional, tornando o país o primeiro na Europa a operar o sistema.
Segundo o Ministério da Defesa sérvio, a nova tecnologia melhora a proteção do espaço aéreo contra ameaças como aeronaves, helicópteros e mísseis de cruzeiro. A estrutura inclui veículos de comando, lançadores de mísseis e radares, além de suporte logístico para operações rápidas e eficientes.
A compra do sistema foi concluída em 2019, apesar dos alertas dos Estados Unidos sobre a incompatibilidade com os padrões militares ocidentais. Mesmo assim, a entrega ocorreu em 2022 por meio de uma operação aérea de grande escala com aviões chineses Y-20, consolidando a parceria entre os dois países.
Comparável ao sistema Patriot americano e ao S-300 russo, o FK-3 oferece defesa de médio alcance, atingindo alvos a até 100 quilômetros de distância e 27 quilômetros de altitude. Ele também é equipado com tecnologia anti-jamming para resistir a tentativas de bloqueio eletrônico.
Treinamentos intensivos foram realizados na China para garantir que as equipes sérvias dominassem o uso e a manutenção do sistema. Segundo o comandante da bateria de mísseis, capitão Stefan Manić, o FK-3 representa um marco na defesa aérea sérvia, combinando precisão e resistência a interferências.
O FK-3 possui capacidade para disparar 12 mísseis simultaneamente contra seis alvos, destacando-se pela flexibilidade operacional. Seus lançadores inclinados, em vez de verticais, aumentam o alcance e reduzem custos, tornando-o uma alternativa eficiente para defesa territorial.
Especialistas afirmam que a escolha pelo FK-3 pode ter desencadeado preocupações em nações ocidentais devido ao alcance dos radares chineses. Há temores de que o sistema possa monitorar atividades aéreas da OTAN próximas ao território sérvio.
Com a integração do FK-3, a Sérvia reforça seu compromisso com a segurança nacional, ao mesmo tempo que desafia padrões estabelecidos por alianças militares ocidentais, consolidando sua posição estratégica na Europa.
Com informações de: eurasiantimes