O oceano Pacífico Norte é considerado um dos mais perigosos do mundo, sendo evitado por muitos navios comerciais que preferem rotas mais longas e seguras. A vastidão desse oceano, associada a tempestades violentas, ventos extremos e isolamento geográfico, cria condições desafiadoras até mesmo para embarcações modernas e bem equipadas.
Um exemplo marcante ocorreu em 30 de novembro de 2020, quando o navio cargueiro Apos enfrentou uma tempestade devastadora durante sua rota para os Estados Unidos. O incidente resultou na perda de 1.816 contêineres no mar, ressaltando os riscos enfrentados por embarcações que atravessam essa região.
A imensidão e o isolamento do pacífico norte aumentam os riscos para embarcações
A principal razão para o Pacífico Norte ser tão perigoso está em seu tamanho. Ele é o maior oceano do mundo, com uma área vasta que gera as maiores distâncias entre pedaços de terra. Em algumas rotas, as embarcações podem estar a milhares de quilômetros de qualquer costa, tornando a busca por socorro em caso de emergência extremamente difícil e demorada.
Além da distância, o Pacífico Norte é conhecido por suas condições climáticas adversas. Os ventos predominantes incluem os alísios e os ventos de oeste, que sopram continuamente sem barreiras geográficas, formando grandes ondas e correntes marítimas. Essas condições criam corredores de ventos poderosos, especialmente durante a temporada de tufões.
Durante essas temporadas, os ventos podem atingir velocidades de 120 a 160 km/h, criando tempestades que colocam em risco a segurança dos navios. Em 2024, por exemplo, o tufão Wener impactou as Filipinas, o Japão e o Alasca, gerando prejuízos estimados em 20 milhões de dólares e destacando os perigos dessa região.
Ondas gigantes e tufões tornam o pacífico norte ainda mais imprevisível
Outro fator de risco são as ondas gigantes, conhecidas como rogue waves. Essas ondas anormais podem ultrapassar os 30 metros de altura, resultando de combinações imprevisíveis de vento, correntes e marés. Esse fenômeno tem sido responsável por desastres marítimos, como o naufrágio do navio MV Derbyshire em 1980, próximo ao Japão.
Para mitigar esses riscos, muitas embarcações optam por rotas mais longas ao redor do Pacífico Norte. Essa estratégia permite maior proximidade a territórios como Alasca, Havaí, Canadá e ilhas ultramarinas dos Estados Unidos, onde há suporte em caso de emergência. Esses locais possuem infraestruturas estratégicas que oferecem assistência a embarcações comerciais e de cruzeiro.
Casos emblemáticos reforçam os perigos dessa rota. Em 2019, o cargueiro Golden Ray tombou após enfrentar correntes e ventos fortes, resultando na perda parcial da embarcação. Já em 1990, o navio Hansa Carrier perdeu 21 contêineres devido a ondas extremas no Pacífico Norte, mesmo sem afundar.
Pacífico norte continua desafiador mesmo com avanços tecnológicos
Esses exemplos comprovam como o Pacífico Norte representa um teste de resistência tanto para embarcações quanto para tripulações. A combinação de ventos intensos, ondas gigantes e isolamento extremo destaca a necessidade de planejamento meticuloso para qualquer viagem nessa região.
Apesar dos avanços tecnológicos na navegação e construção naval, o Pacífico Norte continua sendo uma das áreas mais desafiadoras do mundo para transporte marítimo. Esse cenário reforça a importância de rotas alternativas, que oferecem mais segurança e suporte em situações críticas, protegendo vidas e cargas valiosas.
Com informações de: Capital financeiro