O Exército implantou na última terça-feira, 11 de fevereiro, o Centro de Adestramento Amazônia (CA Amz).
A Organização Militar foi inicialmente planejada para ser implementada em Brasília, mas acabou sendo transferida para a região de selva devido à ameaça de escalada de tensões com a Venezuela, em especial na fronteira com Roraima. A informação da mudança de estratégia foi dada pelo próprio Comandante Militar da Amazônia, General Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves.
“Esse centro foi inicialmente planejado para ser implementado em Brasília, mas sua instalação na Amazônia demonstra uma prioridade dada à região. É uma Portaria de iniciação, ainda temos um caminho a percorrer, para que o CA Amazônia funcione plenamente”.
De acordo com a Força Terrestre, as atividades do CA Amz neste ano funcionarão inicialmente como um núcleo e depois sofrerão expansão gradual para um adestramento cada vez mais eficaz das tropas, de maneira a torná-las preparadas pra cumprir diversas missões nos 4 Estados de atuação do Comando Militar da Amazônia: Amazonas, Roraima, Acre e Rondônia.
Para 2025 também estão previstas 4 certificações para o Centro. Essas certificações avaliam as capacidades operacionais para o combate na selva com simulação viva, o que garante um treinamento mais realista e eficaz.
Especialista detona Forças Armadas e afirma que elas não têm identidade clara de combate
Em entrevista ao canal de esquerda TV 247, no dia 11 de fevereiro, o historiador Manuel Domingos Neto, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), defendeu uma nova concepção de defesa nacional.
Segundo o especialista, a concepção atual de defesa no Brasil não permite real enfrentamento a uma eventual agressão externa ao país.
“Nós não temos [uma concepção de defesa assim]. Para se referir apenas ao Exército, são quase 800 Unidades Militares. A maior parte delas é incapaz de resistir a uma intervenção externa”.