O Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) – Esquadrão Zeus – realizou, na quarta-feira (12/02), o primeiro pouso em pista curta da aeronave KC-390 Millennium utilizando óculos de visão noturna (NVG – do inglês Night Vision Goggles) e empregando sensor eletro-óptico/infravermelho (EO/IR). A operação ocorreu durante a 1ª fase do Exercício Técnico Coruja Verde na Base Aérea de Anápolis.
Capacidades dos óculos de visão noturna
Os NVGs, capazes de amplificar a luminosidade ambiente em até 50 mil vezes, garantem operações seguras em condições de baixa iluminação.
Os Óculos de Visão Noturna (NVG), do inglês “Night Vision Goggles”, são dispositivos que permitem a visualização em condições de baixa luminosidade, essencialmente transformando a escuridão em imagens visíveis.
Este equipamento é amplamente utilizado por Forças Armadas e em operações de resgate, proporcionando uma vantagem significativa em ambientes noturnos.
Segundo fontes especializadas, os NVGs operam através da amplificação da luz disponível, incluindo a luz infravermelha, que não é visível ao olho humano. Eles capturam essa luz e a intensificam, permitindo que os usuários vejam em níveis de iluminação que se aproximam da escuridão total.
Sensores Eletro-Ópticos/Infravermelhos e versatilidade do KC-390 Millennium
Já os sensores eletro-ópticos/infravermelhos (EO/IR) detectam e medem a radiação infravermelha emitida por objetos em seu campo de visão, convertendo a energia infravermelha em sinal elétrico, que pode ser processado.
Essas tecnologias ampliam a versatilidade do KC-390 Millennium para missões noturnas, incluindo infiltração, exfiltração, ressuprimento e reabastecimento em voo.
Aprimoramento doutrinário e operacional da Força Aérea Brasileira
Segundo o comandante do 1° GTT, major aviador Daniel Elias Souza, em reportagem da Agência Força Aérea, a missão teve como objetivo aumentar o escopo de atuação da aeronave no ambiente noturno.
“O pouso em pistas curtas, com a utilização desses equipamentos, representa um aprimoramento doutrinário considerável e um aumento na possibilidade de emprego do KC-390 em cenários complexos com baixa visibilidade, além de proporcionar uma visualização antecipada do cenário”, explicou Daniel.
O treinamento foi conduzido com a aeronave de matrícula 2858, priorizando o pouso de assalto em pista curta, uma manobra que demanda alta precisão e habilidade dos pilotos.
Essa conquista marca um avanço operacional significativo para a Força Aérea, reforçando sua prontidão para atuar em cenários complexos, seja durante o dia ou durante a noite.