O Brasil fechou o ano de 2024 em 17º lugar no ranking de países que mais investiram em defesa, excluindo pessoal e custeio, segundo o relatório anual do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos.
Enquanto isso, os Estados Unidos, maior potência militar do planeta, gastaram em um único dia quase o dobro do que o Brasil investiu em defesa em todo o ano passado, também removendo pessoal e custeio da equação. A estimativa é que a nação comandada por Trump tenha investido quase US$ 968 bilhões de dólares.
Segundo o ministro da Defesa José Múcio Monteiro, o Brasil gasta cerca de 1,1% do PIB (Produto Interno Bruto) com defesa. O PIB de 2024 será conhecido apenas em março de 2025, mas considerando a expectativa do mercado deve fechar em torno de R$ 11,23 trilhões. O país pode ter gasto então cerca de R$ 123,5 bilhões com a defesa.
O relatório anual do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos também mostrou algumas mudanças no perfil de gastos militares no planeta, principalmente por conta da guerra na Ucrânia causada pela Rússia. A média de todos os países aumentou de 1,59% do PIB em 2022 para 1,94% em 2024. O maior gasto com Forças Armadas desde a 2ª Guerra Mundial.

A Alemanha saiu do 7º para o 4º lugar em gastos militares. A Polônia gastou mais do que o dobro do recomendado pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) – o recomendado é 2% do PIB e o país gastou 4,12% – e passou do 20º lugar para o 15°.
A Ucrânia gastou 15,4% do seu PIB com a guerra, a Rússia 6,7% (despesa equivalente à de todos os 30 países europeus da Otan), e a Argélia 8,6%.
Sem novidades, a China é a 2ª maior nação militar do mundo e gastou pouco mais de um quinto do valor empenhado pelos Estados Unidos, seguida pela Rússia.