Em parceria com a Revista Sociedade Militar (RSM), o canal Segurança e Defesa TV (SDTV) entrevistou o advogado Cláudio que Lino trouxe à tona um tema delicado: o suicídio de um subtenente do Exército Brasileiro ocorrido nessa sexta-feira (31;01;2025). Sem todos os detalhes ainda, o advogado enfatizou a necessidade de uma reflexão cuidadosa para evitar que situações semelhantes se repitam.
Segundo Cláudio Lino, casos como esse infelizmente não são novidade nas organizações militares. Ele frisou que existem relatos recorrentes de assédio moral e perseguição, especialmente em questões de promoção e na vida funcional dos militares. Esse cenário demanda atenção urgente das autoridades militares.
O advogado destacou que é necessário que os superiores reconheçam e compreendam essas situações. Muitos militares graduados e oficiais intermediários, quando enfrentam perseguições, não têm espaço para buscar ajuda. Isso levanta a urgência de criar mecanismos que garantam suporte e justiça.
Problemática dos processos administrativos
Lino, advogado atuante no meio militar, mencionou problemas com processos administrativos, frequentemente usados como ferramenta de coerção. Muitos desses processos são arquivados por alegada falta de provas, dificultando que os envolvidos consigam justiça. Ele sugeriu a criação de controladorias e/ou corregedorias como solução viável.
Uma das ações propostas foi o apefeiçoamento e uso da ouvidoria do Ministério da Defesa, que poderia atuar como canal seguro para as denúncias.
O advogado afirmou que o Instituto que preside (IBALM) está à disposição dos militares, para que possam formar uma força-tarefa e agir contra perseguições. Ele demonstrou preocupação com o bem-estar dos militares, comprometendo-se em buscar justiça e acompanhamento adequado para os casos.
Outro ponto que se destaca e foi abordado é a deficiência na avaliação e suporte psiquiátrico e/ou psicológio dentro das organizações militares. A pressão pela promoção, diz Lino, agrava o quadro de militares com doenças psiquiátricas. Ele propôs maior abertura, suporte empático e medidas concretas para tratar da saúde mental nas forças armadas.
Para finalizar, Cláudio Lino clamou por uma intervenção efetiva do Ministério Público Militar e por uma reformulação no sistema de queixas e acompanhamento dos militares. Somente ações concretas e comprometidas podem evitar que tragédias como o suicídio voltem a ocorrer. Ele conclamou todos a se unirem nessa causa vital.