Nove projetos brilham na maior feira de ciências do Brasil — e reacendem debate sobre excelência no ensino público
O ensino militar brasileiro acaba de dar mais uma demonstração de sua força! Nove projetos de alunos dos Colégios Militares se classificaram para a etapa final da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE) 2025. O fato consolida o modelo como um dos mais bem-sucedidos no país sobretudo quando o assunto é ciência, inovação e pesquisa.
A competição, que acontece entre os dias 24 e 28 de março na Universidade de São Paulo (USP), é a maior do Brasil no setor. A FEBRACE reúne os mais promissores talentos da ciência e engenharia de escolas públicas e privadas. E, mais uma vez, os Colégios Militares se destacam entre os finalistas, reforçando um fato inegável: o rigor acadêmico e a metodologia aplicada nesses institutos seguem gerando resultados expressivos.
Os projetos que levaram os alunos de colégios militares à elite da ciência estudantil
Os trabalhos classificados abordam temas de impacto global, como saúde, meio ambiente e tecnologia. Tratam-se de ideias inovadoras que podem, no futuro, ter aplicações reais na sociedade. Confira os projetos que garantiram o passaporte para a final:
- 🔬 Projeto Venom: estudo sobre fagoterapia como alternativa contra bactérias multirresistentes – Colégio Militar de Brasília.
- 🏙 Uso de tecnologias em cidades inteligentes: ferramenta para escolhas alimentares seguras frente às doenças crônicas – Colégio Militar de Campo Grande.
- 🦟 Aedes_alert: sensores na prevenção contra mosquitos Aedes Aegypti e Albopictus – Colégio Militar de Salvador.
- 🌿 Sisaçúcar: açúcar de agave sisalana como alternativa para reduzir gordura corporal e proteger a saúde bucal – Colégio Militar de Salvador.
- 🌊 Detecção de metais pesados em corpos hídricos: uso de carbon dots de biomassa vegetal – Colégio Militar do Recife.
- 🌱 Biocarvão de fibra de coco via micro-ondas: tratamento de águas contaminadas por manganês – Colégio Militar de Belo Horizonte.
- 👓 Lumilens: tecnologia para proteção da visão – Colégio Militar de Juiz de Fora.
- 🧠 Projeto Memo: ondas binaurais como terapia alternativa para doenças neurodegenerativas – Colégio Militar de Manaus.
- 🌍 MAZED – combatendo o microplástico: conscientização sobre seus efeitos no meio ambiente e na saúde – Colégio Militar de Brasília.
O sucesso dos Colégios Militares levanta uma questão: por que esse modelo funciona tanto?
Os números não mentem: os Colégios Militares estão entre as melhores instituições de ensino do Brasil. Os resultados na FEBRACE são apenas mais uma prova disso. O sucesso se deve principalmente a um modelo rígido, com disciplina acadêmica, valorização dos professores e investimentos estruturais constantes.
Mas esse desempenho excepcional levanta um debate polêmico: por que as escolas públicas tradicionais não conseguem replicar esse sucesso? Enquanto os colégios militares têm um nível de investimento muito superior por aluno, escolas comuns enfrentam problemas como falta de estrutura, professores sobrecarregados e evasão escolar.
Além disso, há quem critique o modelo militarizado por ser excludente e pouco acessível. O sistema, que conta com um número restrito de unidades e um rigoroso processo seletivo, não atende a grande maioria dos estudantes brasileiros. Se funciona tão bem, não deveria ser expandido para toda a rede pública?