O avanço da tecnologia laser no setor militar deixou de ser um conceito futurista para se tornar realidade no campo de batalha. Sistemas como o HELMA-LP, desenvolvido pela empresa francesa CILAS, apresentado na feira SOFINS 2025, representam uma nova era no combate moderno ao oferecer uma alternativa silenciosa, precisa e de baixo custo contra ameaças leves, como drones comerciais modificados.
Historicamente, os primeiros projetos de armas laser surgiram ainda na década de 1980, com iniciativas como o THEL (Tactical High Energy Laser), um projeto conjunto entre Israel e os Estados Unidos que pretendia neutralizar foguetes e morteiros. Apesar de seu sucesso técnico, o THEL foi considerado pouco prático devido ao seu tamanho e custo de operação. Desde então, o setor evoluiu rapidamente graças aos avanços em miniaturização, baterias de alta capacidade e sistemas de controle ótico.
Hoje, sistemas laser como o HELMA-P – versão estacionária anterior ao HELMA-LP – já são utilizados para proteger eventos e infraestruturas críticas. Durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024, por exemplo, o HELMA-P foi empregado com sucesso para neutralizar drones não autorizados sobre a cidade (fonte: Defense Express).
Além da França, outros países investem pesado na tecnologia. Os Estados Unidos desenvolvem projetos como o DE M-SHORAD, um sistema de defesa a laser montado em veículos blindados Stryker, enquanto a Turquia apresentou o Gökberk, e a Ucrânia revelou o laser Tryzub em resposta direta às ameaças emergentes em seu território.
As vantagens das armas laser são múltiplas: custo por disparo extremamente baixo, operação silenciosa e precisa, capacidade de neutralizar alvos sem causar grandes danos colaterais e, principalmente, rapidez de resposta. No entanto, limitações como sensibilidade a condições climáticas, especialmente neblina, poeira e chuva – ainda exigem avanços complementares.
Com a evolução constante da eficiência energética e a miniaturização de componentes, armas como o HELMA-LP indicam que o futuro das operações militares poderá depender cada vez mais de feixes de energia do que de projéteis tradicionais. A corrida pela supremacia no uso de lasers de combate já está em andamento, e promete transformar profundamente o conceito de guerra moderna.