A recente divulgação da camisa vermelha da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026 surpreendeu muitos torcedores e dominou os debates esportivos no país. No entanto, para os militares, especialmente os Fuzileiros Navais, o vermelho é uma cor carregada de significado, associada há décadas à coragem, intrepidez e espírito de sacrifício nas batalhas.
De acordo com informações divulgadas pelos sites Globo e CNN, a Seleção Brasileira substituirá o tradicional uniforme azul por um modelo predominantemente vermelho com detalhes pretos, trazendo também a logomarca da Jordan Brand. A mudança histórica foi decidida em reunião da CBF cerca de um ano atrás e será oficializada em março de 2026, pouco antes do Mundial.

Enquanto muitos associam a adoção do vermelho a uma ruptura com a tradição futebolística, no contexto militar brasileiro o uso da cor é um símbolo de honra. Os Fuzileiros Navais já utilizam, desde o século XX, o famoso uniforme de parada “Garança”, composto por uma túnica em tom vermelho-vivo. Segundo o Museu da Vitória e a Marinha do Brasil, o vermelho representa o sangue do combatente e a bravura demonstrada em combate.

O uniforme Garança, implementado oficialmente entre 1941 e 1953, buscava destacar os valores de coragem e determinação dos militares. Inspirado nas vestimentas militares europeias do século XIX, o vermelho servia não apenas para realce visual em cerimônias, mas também para reforçar simbolicamente o comprometimento dos Fuzileiros com o sacrifício pela pátria.
No contexto da nova camisa da Seleção, a cor vermelha adotada pode ser interpretada, sob uma ótica militar, como uma celebração dos valores de força e superação. Embora a escolha tenha gerado debates acalorados e resistência de parte do público, o vermelho, historicamente, sempre foi um estandarte de coragem no Brasil.
Além do forte significado simbólico, a ligação com a marca Jordan sugere uma estratégia de marketing global para ampliar o alcance da Seleção Brasileira.