O Vaticano é uma das instituições mais antigas e tradicionais do mundo, mas sua abordagem à segurança evoluiu rapidamente com o avanço da tecnologia. Nos últimos anos, a Santa Sé implementou uma série de medidas tecnológicas para proteger seus territórios, seus dignitários e a integridade de eventos críticos, como a Sé Vacante e o Conclave.
A segurança moderna do Vaticano é hoje uma combinação entre tradição e inovação. O mesmo local que abriga tesouros renascentistas e práticas seculares é protegido por tecnologias de ponta que rivalizam com as usadas em grandes potências mundiais.
Controle de acessos e reconhecimento facial
Uma das primeiras barreiras de segurança modernas implantadas no Vaticano é o rigoroso controle de acessos. Todos os visitantes passam por detectores de metais e câmeras equipadas com sistemas de reconhecimento facial. Esses sistemas conseguem identificar, em tempo real, indivíduos potencialmente perigosos, cruzando informações com bancos de dados internacionais de segurança.
O objetivo é impedir a entrada de pessoas que possam representar uma ameaça, antes mesmo que cheguem perto das áreas mais sensíveis. Durante a Sé Vacante, esse sistema é reforçado, e o controle de entradas torna-se ainda mais rigoroso, restringindo o acesso apenas aos cardeais eleitores e a pessoal previamente autorizado.
Monitoramento por drones e sensores de movimento
O monitoramento aéreo também foi incorporado à rotina de segurança. Drones equipados com câmeras térmicas e sensores de movimento sobrevoam a área do Vaticano de maneira constante, principalmente durante eventos importantes.
Esses drones permitem uma vigilância detalhada de todo o perímetro e ajudam a detectar atividades suspeitas que poderiam passar despercebidas pelos sistemas tradicionais. Além disso, sensores de movimento instalados em locais estratégicos garantem a detecção de qualquer tentativa de infiltração física.
Segurança cibernética e defesa contra hackers
Com a crescente digitalização, a ameaça de ciberataques tornou-se uma preocupação real para o Vaticano. Durante a Sé Vacante, a proteção das redes internas é intensificada ao máximo. Empresas de segurança cibernética são contratadas para montar sistemas de defesa que incluem criptografia de ponta a ponta, firewalls avançados e monitoramento constante de tráfego de dados.
O objetivo é evitar que hackers acessem documentos confidenciais ou tentem influenciar o Conclave de forma remota. As redes de comunicação internas são isoladas e testadas constantemente para garantir que não haja vulnerabilidades.
Bloqueadores de sinal e isolamento de comunicação
Para assegurar que não haja comunicação indevida durante o Conclave, o Vaticano utiliza bloqueadores de sinais de celular, Wi-Fi e rádio. Essas tecnologias garantem que nenhum dispositivo consiga transmitir ou receber informações de dentro das áreas restritas.
Essa barreira tecnológica é essencial para preservar o segredo das votações e impedir vazamentos que poderiam comprometer a legitimidade do processo de escolha do novo Papa.
Inteligência artificial aplicada à segurança
Nos últimos anos, o Vaticano começou a explorar o uso de inteligência artificial para fortalecer sua segurança. Softwares baseados em IA são utilizados para analisar padrões de comportamento entre visitantes e funcionários. Anomalias, como movimentos fora do comum ou mudanças repentinas de trajeto, são detectadas automaticamente e acionam alertas para a equipe de segurança.
Essa camada extra de análise permite uma reação rápida a potenciais ameaças, muitas vezes antes que um comportamento suspeito se transforme em uma ação concreta.