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Entenda como a segurança do Vaticano atinge níveis máximos após a morte de um Papa, com isolamento dos cardeais, vigilância intensa e proteção física reforçada para preservar o Conclave

Conheça os bastidores da segurança vaticana: bloqueio de sinais, drones de patrulha, isolamento total e protocolos seculares que protegem a escolha do novo Papa em tempos de alta tensão

por Noel Budeguer
28/04/2025
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A morte ou a renúncia de um Papa é um momento de comoção mundial e, ao mesmo tempo, de alta tensão dentro do Vaticano. Quando a Sé Vacante é oficialmente declarada, a Cidade do Vaticano se transforma em um verdadeiro campo fortificado. A segurança do Colégio Cardinalício, responsável por escolher o novo pontífice, passa a ser prioridade máxima, envolvendo uma série de protocolos que misturam tradição, estratégia militar e tecnologia de ponta.

A Sé Vacante é um dos eventos mais antigos e sagrados da Igreja Católica, mas também um dos mais vulneráveis. A possibilidade de espionagem, ataques físicos ou tentativas de manipulação política exige que o Vaticano ative um sistema de segurança com múltiplas camadas, altamente rigoroso.

O isolamento absoluto dos cardeais

Um dos primeiros passos no início da Sé Vacante é o isolamento completo dos cardeais eleitores. Esses religiosos de alta hierarquia são alojados na Domus Sanctae Marthae, dentro da Cidade do Vaticano, onde permanecem sob estrita vigilância. Nenhum dispositivo eletrônico é permitido: celulares, computadores, tablets e qualquer meio de comunicação externa são confiscados.

Além disso, o acesso à Capela Sistina, onde acontece o Conclave, é rigidamente controlado. Guardas suíços e agentes da Gendarmaria Vaticana patrulham constantemente as áreas próximas, enquanto sistemas de bloqueio de sinal e varreduras anti-espionagem são instalados para evitar qualquer tipo de vazamento de informações.

O objetivo é garantir que as decisões sejam tomadas exclusivamente sob a orientação do Espírito Santo, sem qualquer influência externa — seja ela política, midiática ou econômica.

Vista da Domus Sanctae Marthae a partir da cúpula da Basílica de São Pedro entre a sacristia da basílica (à esquerda) e o Palazzo San Carlo (à direita).

Vigilância física e cibernética reforçada

A segurança física do Vaticano é visível: postos de controle, revistas de segurança e presença ostensiva de agentes armados. Mas, nos bastidores, a segurança cibernética é igualmente intensa.

Empresas especializadas em tecnologia de segurança digital colaboram com o Vaticano para proteger redes internas contra possíveis invasões hackers. Sistemas criptografados, firewalls de altíssimo nível e monitoramento constante garantem que comunicações internas permaneçam invioláveis.

Drones de vigilância, equipados com câmeras de alta resolução e sensores térmicos, sobrevoam a área da Cidade do Vaticano durante todo o período da Sé Vacante. Eles são responsáveis por detectar movimentos suspeitos e impedir tentativas de acesso não autorizado.

A tradição da Guarda Suíça e o papel da Gendarmaria

A segurança durante a Sé Vacante é garantida por duas principais forças: a Guarda Suíça Pontifícia e o Corpo da Gendarmaria Vaticana. Cada uma cumpre funções específicas e complementares.

A Guarda Suíça, famosa por seus uniformes coloridos renascentistas, é a linha de defesa direta dos cardeais. Seus membros, apesar da aparência tradicional, são soldados altamente treinados, armados com armas modernas e capacitados em técnicas de defesa pessoal, evacuação e proteção de dignitários.

Já o Corpo da Gendarmaria atua como a polícia interna do Vaticano. Seus agentes patrulham, monitoram sistemas de segurança, investigam possíveis ameaças e coordenam ações de resposta a emergências. Durante o Conclave, sua presença é intensificada para impedir qualquer tentativa de interferência.

Sigilo absoluto: um pilar da segurança

O segredo em torno do Conclave é tão importante que qualquer violação pode resultar em excomunhão automática. Todos os funcionários que atuam no apoio logístico — como técnicos, cozinheiros, faxineiros — prestam juramento de confidencialidade.

O próprio ambiente da Capela Sistina é adaptado: é realizado um processo chamado “bonificação”, em que especialistas em segurança digital e física realizam varreduras em busca de escutas eletrônicas, dispositivos de gravação escondidos e outras formas de espionagem.

Essa necessidade extrema de sigilo não é apenas religiosa: durante séculos, houve tentativas de influenciar a eleição papal por interesses políticos de reis, imperadores e Estados. A história ensinou ao Vaticano que a proteção do Conclave é essencial para manter a independência espiritual da Igreja.

A coordenação internacional

Durante a Sé Vacante, o Vaticano conta também com a colaboração das forças de segurança italianas e, em alguns casos, com serviços de inteligência europeus. A Cidade do Vaticano é uma entidade independente, mas sua pequena extensão territorial torna indispensável a cooperação com Roma em questões como controle do espaço aéreo e monitoramento de ameaças externas.

Esse esforço conjunto reforça a segurança do território e garante que qualquer tentativa de ataque ou influência externa seja rapidamente neutralizada.

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