O presidente afastado do INSS, Alessandro Stefanutto, está no centro de um enorme desgaste institucional. Assista ao vídeo resumo e leia a matéria completa
INSS sob suspeita de fraude
A palavra “fraude” volta a assombrar o Instituto Nacional do Seguro Social, que já enfrenta problemas estruturais e operacionais. A Controladoria-Geral da União (CGU), a Polícia Federal e a inteligência do INSS descobriram e desarticularam uma fraude bilionária contra os segurados, prenderam pessoas e apreenderam carros de luxo, relógios e dinheiro em espécie dos investigados.
Como acontecia a fraude
Segundo as investigações, entidades vinculadas ao INSS estavam realizando descontos não autorizados diretamente nos benefícios dos segurados.
Estas entidades foram vinculadas para uma parceria em que traria benefícios como por exemplo: planos de saúde a preços mais acessíveis aos associados.
Todavia as investigações mostram que muitas entidades não tinham sequer uma estrutura mínima.
Em muitos casos, esses descontos eram feitos com assinaturas falsificadas ou até reconhecimento facial obtido de forma irregular.
Ou seja, quadrilhas estavam literalmente se apropriando do dinheiro de pessoas vulneráveis.
Carlos Lupi assume responsabilidade pela indicação ao INSS
Diante da repercussão do caso, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, declarou em entrevista que a nomeação de Stefanutto foi de sua “inteira responsabilidade”. “A indicação é minha, e assumo isso com toda a serenidade. Agora, cabe aos órgãos competentes investigar se houve alguma irregularidade”, disse Lupi. A fala tenta conter o desgaste político, mas parlamentares da oposição já articulam convocá-lo para esclarecimentos na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.
Crise no INSS afeta imagem e confiança pública
A denúncia de fraude agrava a crise de credibilidade no INSS, instituição que já lida com filas intermináveis, escassez de pessoal e suspeitas recorrentes de irregularidades.
A situação de Stefanutto reforça a necessidade de maior rigor nas nomeações para cargos estratégicos, além de expor a fragilidade na integração de dados entre órgãos públicos.
Especialistas apontam que a confiança da população na Previdência Social depende de respostas rápidas, investigações transparentes e responsabilização exemplar, caso as irregularidades se confirmem.
A condecoração pelo exército ao ex-presidente do INSS
O Ministério da Previdência, comandado por Carlos Lupi, saiu em defesa do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, dizendo que a indicação foi de sua inteira responsabilidade.
Mesmo assim, Stefanutto foi afastado do cargo, junto com outros servidores envolvidos. Em matéria da CNN, há a afirmação de que a PF considera Stefanutto suspeito de omissão. Vale lembrar: algumas semanas atrás, Stefanutto recebeu a maior honraria das Forças Armadas pela relevância de suas atitudes.
A norma militar diz que para ser condecorado o cidadão civil deve ter feito algo em favor da forças armadas. Mas, no Diário Oficial não consta os motivos da condecoração do agora ex-presidente do INSS. Há rumores, em veículos de comunicação, de que o Exército possa reverter a condecoração. Mas, isso só ocorre no caso de condenação do “agraciado”.
“a cidadãos, nacionais ou estrangeiros, que hajam prestado relevantes serviços ao Exército…”, diz o o Regulamento da Ordem do Mérito Militar.
O caso segue em investigação, com expectativa de desdobramentos nas próximas semanas.
Comentários nas redes sociais sobre a condecoração de Stefanutto
