A indústria de defesa do Irã apresentou oficialmente o Fallagh, um novo veículo blindado de combate ultraleve sobre lagartas, pesando apenas 4 toneladas. O modelo foi desenvolvido para missões de reconhecimento e enfrentamento rápido, atingindo até 130 km/h em estrada e 100 km/h em terrenos irregulares, com autonomia de até 400 quilômetros.
Projetado com foco em mobilidade, o Fallagh praticamente não possui blindagem efetiva, deixando seus operadores altamente expostos a ameaças. O veículo conta com uma torre de armamento remoto instalada na parte frontal superior, equipada com uma metralhadora pesada DShK de 12,7 mm, de origem russa, que pode ser operada à distância com auxílio de sistemas automáticos de controle de tiro.
Segundo fontes iranianas, a torre de tiro possui estabilização e é voltada para combates ágeis, o que reforça a proposta do veículo como elemento de rápida resposta em situações táticas. A semelhança visual e operacional com o Ripsaw MS1, um drone blindado criado nos Estados Unidos pela Howe & Howe Technologies, chamou atenção. Contudo, ao contrário do Ripsaw, o Fallagh transporta pessoal a bordo, o que acentua os riscos operacionais diante da fragilidade da estrutura.
O Ripsaw, considerado um veículo terrestre não tripulado de elite, possui motor V8 diesel de 650 cavalos e maior capacidade de proteção. Apesar de compartilhar a leveza estrutural, o modelo norte-americano opera de forma remota, eliminando riscos diretos aos seus operadores – o que representa uma diferença fundamental em relação ao veículo iraniano.
A informação foi divulgada pelo portal Scenari Economici, que também destacou que o novo veículo será disponibilizado à Organização da Indústria de Defesa do Irã para futura produção em série. O anúncio faz parte dos esforços do país para alcançar autossuficiência em equipamentos e sistemas militares.
O Exército iraniano tem intensificado suas ações de modernização bélica nos últimos anos, apostando em projetos locais de baixo custo e produção acelerada, mesmo que, em alguns casos, isso implique abrir mão da proteção básica aos combatentes.