Um relatório militar confidencial obtido por veículos alemães como NDR, WDR e Süddeutsche Zeitung revelou falhas preocupantes nas armas da Alemanha na Ucrânia. A análise, baseada em experiências reais de combate, mostra que muitos dos equipamentos modernos enviados por Berlim não estão se adaptando às condições extremas do conflito.
A guerra, marcada por uso intensivo de drones, ataques de precisão e logística limitada, está colocando em xeque a confiabilidade de sistemas considerados de ponta na Europa. Em contrapartida, equipamentos considerados “obsoletos” têm apresentado desempenho superior no campo de batalha.
Armas da Alemanha na Ucrânia enfrentam limitações técnicas e operacionais
Entre os destaques do relatório, o obuseiro PzH 2000 foi classificado como extremamente vulnerável tecnicamente. Sua capacidade operacional é questionada, e há relatos de quebras frequentes sob uso intensivo.
O tanque Leopard 2A6, apesar de moderno, não pode ser reparado próximo à linha de frente devido à ameaça constante de drones. Seus custos de manutenção também são elevados. Já o Leopard 1A5, embora confiável, tem blindagem fraca e tem sido relegado a funções de apoio de fogo à distância.
Defesa aérea eficiente, mas cara e limitada

O sistema IRIS-T, considerado eficaz na defesa contra mísseis e aeronaves, enfrenta um problema grave: o custo proibitivo da munição, o que limita seu uso contínuo. Já os sistemas Patriot, embora tecnicamente excelentes, sofrem com falta de peças de reposição e veículos de transporte desatualizados, tornando sua operação difícil no campo.
Essa combinação de tecnologia de ponta e baixa adaptabilidade tem levado especialistas a rever expectativas sobre o desempenho real de equipamentos modernos em guerras de alta intensidade.
Armas antigas superam expectativas nas condições ucranianas
Em contraste, veículos mais antigos como o Gepard (canhão antiaéreo) e o Marder (veículo de infantaria) estão se saindo melhor do que o esperado. Seu sucesso é atribuído à robustez, simplicidade de operação e facilidade de manutenção em campo, algo crucial nas atuais condições da guerra.
A guerra na Ucrânia revelou que a eficácia de uma arma não depende apenas de seus números em laboratório, mas da capacidade de operar sob pressão, com suporte mínimo e sob ataques constantes.
Logística e treinamento: desafios centrais no uso das armas da Alemanha na Ucrânia
O relatório também alerta para os obstáculos logísticos enfrentados pelas Forças Armadas ucranianas. A distância entre as linhas de frente e os centros de manutenção alemães, como os da Rheinmetall, retarda reparos e compromete a disponibilidade dos sistemas.
Outro ponto crítico é o nível de familiaridade das tropas ucranianas com equipamentos ocidentais. A curva de aprendizado, somada à urgência da guerra, torna mais difícil o uso pleno do potencial das armas mais avançadas.