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Rendição completa ou guerra sem fim: Putin exige desmilitarização total, troca de governo e reconhecimento de áreas ocupadas.

A Rússia apresentou exigências severas para encerrar a guerra com a Ucrânia, incluindo desmilitarização total, mudança de governo e reconhecimento de territórios ocupados, criando um impasse geopolítico que pode alterar os rumos da segurança europeia e global.

por Alisson Ficher
22/04/2025
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Mais de três anos após a invasão da Ucrânia, a Rússia ainda insiste em condições que parecem inviabilizar qualquer acordo de paz.

Em vez de demonstrar abertura para uma negociação equilibrada, Moscou reforça sua postura intransigente ao exigir que a Ucrânia se desarme, mude seu governo e aceite a perda de territórios ocupados à força.

Em uma declaração recente feita diretamente de Minsk, capital da aliada Belarus, Sergei Narishkin, chefe do Serviço de Inteligência Exterior da Rússia, afirmou que os objetivos estratégicos do Kremlin seguem os mesmos desde o início da guerra, ignorando a destruição e as consequências humanas do conflito.

Neutralidade, desmilitarização e o veto a alianças com potências nucleares

Segundo a matéria feita pelo canal ”Hoje no Mundo Militar”, entre as exigências russas está a imposição de um status permanentemente neutro para a Ucrânia, o que, na prática, impediria o país de integrar qualquer aliança militar, incluindo a OTAN, e o deixaria vulnerável à influência de Moscou.

De acordo com Narishkin, essa neutralidade incluiria não apenas a renúncia ao desenvolvimento de armas nucleares, mas também a proibição de parcerias com países que possuam esse tipo de armamento, impedindo a Ucrânia de se proteger sob o “guarda-chuva nuclear” de nações como os Estados Unidos.

O Kremlin também insiste na chamada “desmilitarização” da Ucrânia, termo que não significa apenas a remoção de armas pesadas ou o fim da mobilização militar.

Segundo os russos, isso implicaria uma reformulação completa das forças armadas ucranianas, com o objetivo de impedir que o país represente qualquer ameaça futura à Rússia.

Na prática, isso significaria enfraquecer completamente o poder defensivo da Ucrânia, tornando-a vulnerável a novas agressões.

O controverso conceito de “desnazificação” e sua função como propaganda

Outro ponto insistente do governo russo é a “desnazificação” da Ucrânia, uma narrativa repetida desde o início da guerra e frequentemente criticada por analistas internacionais.

Apesar do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky ser judeu, o Kremlin sustenta que o governo de Kiev está infiltrado por grupos ultranacionalistas e utiliza essa justificativa para defender sua invasão.

No entanto, essa alegação é amplamente contestada não apenas no Ocidente, mas também por especialistas russos independentes.

O termo “desnazificação” serve mais como uma ferramenta de propaganda interna e de deslegitimação do governo ucraniano do que como um fundamento real de negociação.

Segundo observadores internacionais, o verdadeiro objetivo da Rússia seria remover o atual governo democrático e pró-Ocidente e substituí-lo por uma liderança submissa a Moscou, semelhante ao regime de Alexander Lukashenko, na Belarus.

Revogação de leis e o controle cultural sobre a Ucrânia

O Kremlin também exige que Kiev revogue todas as leis que, segundo Moscou, discriminam falantes de russo na Ucrânia.

Essas leis, implementadas desde 2014, fazem parte de um processo de “ucranização” promovido por Kiev após a anexação da Crimeia pela Rússia.

Esse movimento buscava reduzir a influência cultural russa e fortalecer a identidade nacional ucraniana, inclusive eliminando símbolos soviéticos.

A exigência russa visa, portanto, reverter essa autonomia cultural e impor novamente a presença russa na sociedade ucraniana, especialmente em regiões onde há minorias de língua russa.

Rússia quer reconhecimento de territórios conquistados à força

Talvez a exigência mais polêmica de todas seja a imposição de que a Ucrânia reconheça a soberania russa sobre os territórios ocupados militarmente.

Isso inclui a Crimeia, anexada ilegalmente em 2014, e as regiões do Dombás e do sul da Ucrânia, que estão sob controle russo.

Aceitar isso significaria legitimar a guerra e a violação da soberania ucraniana, contrariando frontalmente o direito internacional e a Carta da ONU.

Putin aposta em Trump para vencer no campo da diplomacia

Segundo analistas ocidentais, a Rússia pode estar apenas ganhando tempo ao apresentar tais exigências.

O verdadeiro plano seria esperar uma mudança no cenário político internacional, especialmente com a possível reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos.

Trump já declarou que poderia pressionar a Ucrânia a aceitar condições mais duras, o que favoreceria os interesses de Moscou.

Há rumores de que negociações discretas entre representantes de Trump e o Kremlin já ocorrem há pelo menos três meses, mas até agora Putin não cedeu em nenhum ponto.

Um acordo diplomático com o reconhecimento das conquistas territoriais pela Ucrânia, sob pressão americana, seria a vitória geopolítica que o Kremlin deseja, mesmo sem vencer militarmente no campo de batalha.

Europa pode ter que escolher entre rendição ou resistência

A grande dúvida agora recai sobre a Europa.

O continente está preparado para aceitar as exigências russas em nome de uma paz instável?

Ou continuará sustentando a resistência ucraniana mesmo com o apoio dos Estados Unidos diminuindo gradualmente?

A guerra parece longe do fim, e a paz, se vier, poderá ter um preço geopolítico alto demais para ser aceito por Kiev e seus aliados.

 

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