Em um esforço conjunto das Forças Armadas, a Marinha do Brasil está desempenhando um papel crucial na instalação de uma base de apoio na Terra Indígena Yanomami, especificamente em Kayanaú. Essa iniciativa faz parte da Operação “Catrimani II”, que tem como objetivo combater o garimpo ilegal na área.
Entre os dias 15 e 22 de abril, o 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (EsqHU-2) utilizou uma aeronave Super Cougar (UH-15) para transportar pessoal e materiais necessários à construção da base, que está planejada para acomodar até 45 pessoas. Além do transporte, a Marinha contribuiu com seu conhecimento em planejamento logístico para superar os desafios de acesso a essa região remota, marcada por densas matas e pistas precárias.
Durante a operação, foram transportadas aproximadamente 19 toneladas de cargas, incluindo material de apoio, combustível e insumos essenciais para a montagem da base. A ação logística também incluiu o transporte de combustível e o deslocamento de militares da 3ª Companhia de Forças Especiais do Exército Brasileiro e agentes da Força Nacional de Segurança Pública, que realizaram uma missão de reconhecimento do terreno e busca por vestígios de atividades ilegais.
O Chefe do Estado-Maior Conjunto da Operação “Catrimani II”, Contra-Almirante Luis Manuel de Campos Mello, destacou os desafios logísticos enfrentados: “Os desafios logísticos são enormes porque a Terra Indígena Yanomami não tem estradas e os rios não são navegáveis nesta época do ano. Basicamente, todo apoio é realizado por via aérea, principalmente com o uso de helicópteros, já que as pistas de pouso são muito precárias e muitas vezes não oferecem condições adequadas de operação com aeronaves de asa fixa.”
A Operação “Catrimani II”, coordenada pelo Ministério da Defesa, é uma continuação da assistência humanitária inicialmente prestada e agora foca na repressão ao garimpo ilegal, em colaboração com diversas agências e órgãos de segurança, além da Casa de Governo em Roraima.
Fonte: Marinha do Brasil