Incêndio na Antártida. Sargento acusado de negligência.

 

Incêndio na Antártida. Sargento acusado de negligência.

Antes de tudo: Água congelada nas mangueiras dificultou combate a incêndio na Estação Comandante Ferraz …  paulo.germano@zerohora.com.br … O grupo de combate a incêndio até foi rápido — o problema foi a água, que congelou dentro das mangueiras. A partir daí, as labaredas que se erguiam após um possível superaquecimento nos geradores de energia da Estação Comandante Ferraz, na Antártica, ganharam força para invadir quase tudo… — O pessoal tentava de todo jeito, mas deu esse problema na água. 

     O processo contra o sargento tramita em segredo de Justiça na 1ª Auditoria da Justiça Militar no Distrito Federal, mas o jornal O Estado de São Paulo apurou a identidade do denunciado. Medeiros sofreu queimaduras nos braços e ficou nove dias internado. Segundo a denúncia do MPM, por volta das 23h30 de 24 de fevereiro, o militar decidiu transferir o combustível óleo diesel antártico (de combustão imediata) dos tanques de armazenamento para os dois tanques de serviço, cuja capacidade é de 5 mil litros cada um.

     Os equipamentos ficavam na praça de máquinas, próximos aos geradores de energia elétrica. Medeiros, segundo o MPM, acionou a bomba de transferência e, como a operação levaria cerca de meia hora, retornou à sala de estar da base, onde ocorria uma festa de despedida de uma veterana pesquisadora. Ele permaneceu na sala de estar até 0h40 do dia 25, quando houve uma queda de luz. O sargento se dirigiu à praça de máquinas e deparou-se com o incêndio, já de grandes proporções.

Sargento Medeiros em uma Maca.

    Laudos do Núcleo de Perícia Judiciária da Marinha e do Setor Técnico-Científico da Polícia Federal, além de parecer técnico da Diretoria de Engenharia Naval, constataram que, como Medeiros deixou de encerrar o procedimento de transferência de combustível no tempo adequado, os tanques de serviço transbordaram. O óleo diesel antártico teve contato com as partes quentes do gerador de energia elétrica em funcionamento, provocando a combustão e o incêndio que destruiu cerca de 70% da base brasileira. Os laudos avaliaram o prejuízo causado pelas chamas em R$ 24,6 milhões.

     Em depoimento no Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado pela Marinha após o episódio, Medeiros disse que retornou à praça de máquinas após 20 minutos e desligou a bomba de transferência do combustível. O militar também afirmou que saiu da sala de estar antes da queda de energia para inspecionar os evaporadores do aquário, momento em que teria avistado as chamas. 

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Veja mais em: https://montedo.blogspot.com.br/2012/02/base-na-antartida-planos-de.html

De: https://zerohora.clicrbs.com.br/rs/mundo/noticia/2012/12/sargento-e-denunciado-por-incendio-na-antartica-3983761.html

 

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Sociedade Militar