UMA VISÃO RÁPIDA SOBRE A SITUAÇÃO SOCIAL ATUAL DO BRASIL E PROPOSTAS DE MUDANÇAS

 

ATO FINAL: REORGANIZAR JÁ: A SÉTIMA ECONOMIA DO MUNDO COM POUCA EFICIÊNCIA, POUCA EFICÁCIA E COM QUASE 20 MILHÕES NA POBREZA EXTREMA.{jcomments on}

COLABORAÇÃO PARA REFLEXÃO DA SOCIEDADE MILITAR E CIVIL POR EDUARDO SOBREIRA MUNIZ – CMGFNRRM e FRANCISCO CAVALCANTE ARARIPE – FUNC. PÚBLICO FEDERAL.   

UMA VISÃO RÁPIDA SOBRE A SITUAÇÃO SOCIAL ATUAL DO BRASIL E  PROPOSTAS DE  MUDANÇAS

A Bíblia diz que não há nenhum justo sobre a terra, e este que escreve também não o é, assim, este documento é um mero retrato da nossa história, segundo um ponto de vista particular, exposto  segundo inciso IV , IX e XIV, artigo 5º, da  CF…..

"…disciplina e desmandos não se confundem. Quem critica o autoritarismo não está a criticar a disciplina."

Gilmar Mendes, Ministro do STF

        Don Quixote de La mancha e Sancho Pança, Michel de Cervantes,1605.         

           

Parte I – Democracia: havia esperança de crescimento social ?    

O poder não corrompe o homem; é o homem quem corrompe o poder. O homem é o grande poluidor. (Ulysses Guimarães)

    Quando a democracia começou a pulsar no Brasil, através dos grandes comícios das Diretas Já, com, por exemplo, de forma digna, a presença da Sra. Fafá de Belém cantando o Hino Nacional – muita gente, jovens e idosos, pensaram que este Brasil teria um crescimento social gigantesco…..Eu pensei, defendi e acreditei  que políticos bem intencionados, somados a capacidade técnica provenientes do meio universitário,  impulsionados pelo meio artístico, apoiados por sindicatos fortes   e unidos ao setor empresarial  brasileiro gerariam uma sinergia de progresso sem retorno …….

     A ditadura, que é um governo de atípico, que se opõe as normas constitucionais, pois não emana do povo, foi para muitos, a citar o Sr Roberto Marinho, antigo dono e presidente do Sistema Globo – “um mau necessário”, de acordo com sua bibliografia.

     É claro que a ditadura ( falo de militares e civis) impôs duras dores a muitos, chamados por estes terroristas, comunistas, emfim, componentes da esquerda. Acontece, porém, que, para muitos, a esquerda da década de 60 e 70 parece ser bem diferente da esquerda de hoje. Acho, a partir das conversas com um antigo comunista amigo, que para esquerda de hoje, pelo menos para parte dos membros, o ideal de desenvolvimento educacional passa por um período no exterior, em Paris, em cursos de mestrado, com os filhos em férias no exterior, gostam dos frutos da economia de mercado, com o conforto decorrente, bons perfumes e vinhos e da vida abundante e farta, quase se aproximando de um discurso das igrejas evangélicas progressistas. Ainda parecem tolerar muito bem o neoliberalismo. Refletem um pensamento antigamente chamado de burguês.

      É uma esquerda que se atualizou na globalização, terceirização, concentração de capital para criação de riquezas impulsionando o progresso e na capacitação técnica para um bom desempenho profissional.

        De socialistas básicos são os pensamentos no fome zero, uma estrutura forte de estado, um apoio a cultura  e auxílio financeiro aos necessitados.

               Porém, no passado, nos anos de chumbo, os comunistas, a esquerda, combatida pelos militares da ditadura pareciam que amavam as idéias de  Che, odiavam o imperialismo americano, estudavam Sartre e Simone de Beauvoir, queriam estudar na Rússia, falavam bem da revolução cultural de Mao (chinês) usavam barbas e boinas.

         Alguns de antigamente lutaram com armas contra a ditadura foram culpados, de acordo com sites confiáveis pela morte de um total de cem brasileiros ( 40 civis – estes aparentemente esquecidos totalmente e 60 militares). Os antigos queriam um governo do proletário como a atual CHINA sem o progresso desta pois é capitalista hoje, uma saúde e educação ampla e pública como a de Cuba, uma economia centralizada como a Alemanha oriental e a Rússia, sem propriedade privada.

          SEM A PROPRIEDADE PRIVADA ( sua casa, seu carro, seus móveis, seus bens pertencem ao estado, não a você).     

       Aí nasceu o problema.  O fim da propriedade privada e um partido único. A chamada direita, ou melhor, o empresariado, os agricultores paulistas, os pecuaristas de Minas Gerais, os políticos que formaram a ARENA, o coronelismo do nordeste, os fazendeiros gaúchos, a classe média, uma parte da sociedade brasileira mais simples, mas que tinham bens, o Governo Americano na guerra fria e com o slogan político – “ América para os americanos”; além de parte da igreja que era conservadora com a “marcha da família com Deus para a liberdade” com 500.000 em São Paulo, 1000000 de pessoas no Rio de Janeiro. Todos se levantaram contra a esquerda, hoje, com parte, no poder  e então .

                  Colocaram os militares no poder….

                  Para muitos, só os militares poderiam centralizar a economia para o progresso e combater as ações da esquerda como Brizola e seu regulamento revolucionário onde este idealizou os Grupos de Onze: uma militância que pretendia utilizar mulheres e crianças como escudos civis; realizar ataques a centrais telefônicas, de rádio e TV; e previa a execução, as ligas Camponesas de Francisco Julião – onde chineses treinariam para a luta armada segundo as idéias  de Mao, a luta pela reforma agrária aos moldes da reforma de cuba, a guerrilha do Araguaia, assassinatos de políticos, roubos a bancos e expropriação de carros fortes feitos Aliança Libertadora Nacional, estudantes como líderes de movimentos terroristas, seqüestros de embaixadores feitos pelo MR-8, justiçamento de membros, assassinatos de civis e militares   etc.

                   Estes movimentos acima citados começaram antes do Golpe/Contragolpe/revolução, como você quiser chamar, de 1964, porém isto não justifica o fim da democracia iniciada, para muitos estudiosos, pelas ações contra a estabilização do  governo por João Goulart pelo “sindicalismo peronista’ e o aumento de 100% do mínimo que deflagrou uma luta entre os empresários e trabalhadores, pela tentativa de um poder absoluto de Jânio Quadros e sua saída pelas forças, chamadas por  ele, “ ocultas” e de qualquer  violência contra o povo. A aplicação da Lei não imputa a violência, a agressão, imputa o mínimo de força necessário para o império da lei.

                 Para citar outros, veja:

Em declaração ao jornalista Elio Gaspari, segundo Daniel Aarão Reis, ex-militante do MR-8, professor de história contemporânea da Universidade Federal Fluminense e autor de Ditadura Militar, Esquerda e Sociedade, disse:

Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial. Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentassem como instrumento da resistência democrática.6

( grande parte dos dados acima a partir de  …..poderiam combater as ações… foram retiradas da Wikipédia para facilitar a veracidade neste sites e outros dedicados ao assuntos)

         Parte dos brasileiros – principalmente a classe média,  parte  da Igreja, os militares e a direita de antigamente lutaram contra os que desejavam o fim da propriedade privada.

         A esquerda atual, pelo menos aparentemente, não tem este modelo. Acho, profundamente, que a esquerda de hoje, composta pela esquerda de ontem que envelheceu, teve filhos, enriqueceu, não quer, em grande parte, nem pensar em ver coisas como a  distribuição pelos colégios de livros e cartilhas como o Capital de Karl Marx, livro Vermelho de Mao, O ABC do Comunismo, Manifesto Comunista sendo o livro de cabeceira dos jovens.

          Parece que Eu, os novos comunistas, a direita entendem, pois, para haver riqueza, tem que existir consumo, concentração de renda, indústrias, geração de necessidades de consumo, moda, mídia etc.

      Em fim, os militares mudaram e a esquerda de ontem, adormeceu profundamente, só restam as bandeiras vermelhas….isto provavelmente é uma evolução.

       Apenas acho que  o Brasil por sua área geográfica, suas riquezas naturais, pelo seu povo, poderia ser um grande país socialista como a Suécia e não um cruel país capitalista com vícios como libertinagem como se fosse liberdade, cultura de massa de baixa qualidade técnica em questão de musicalidade e diversidade lingüística, muita sexualidade nos meios de comunicação, prazer imediato pelo consumo etc etc etc.

                 A DEMOCRACIA QUANDO SERVA DO CAPITALISMO SEM DEVIDO CONTROLE MORAL, SEM LIMITES DETERMIDADOS POR UM ESTADO FORTE E CONSTITUCIONAL CAMINHA PARA O AUMENTO DA VIOLÊNCIA SOCIAL, DA CONCENTRAÇÃO DE  RENDA, DO FINAL DA EDUCAÇÃO E SAÚDE PÚBLICA.  

         O humor de tudo é que a esquerda de hoje se aproxima do modelo econômico dos capitalistas da ditadura com um viés de política social que por falta de dinheiro na época não poderia ser executado. A esquerda de hoje se afasta da esquerda de ontem. Os índices de corrupção hoje são maiores que os de ontem pelo que leio nas revistas e jornais de ontem digitalizados na internet.  

                    MAS…                                             

               Parece que o desenvolvimento proposto pela democracia não foi o esperado, apesar das gigantescas campanhas de publicidade veiculadas pela mídia ao divulgarem progresso  e esperança,  através de  siglas como PAC, Brasil carinhoso, Avança Brasil etc,  na verdade os  índices sociais segundo a ONU são débeis, fracos para o que a sétima economia do mundo deveria prover em saúde, educação, trabalho e segurança  para nós brasileiros.

                   Brasil, país rico de um povo pobre.

 SUBPARTE 1 – COMO ESTÁ O BRASIL ECONOMICAMENTE HOJE:  Isto foi, em parte, discutido, debatido recentemente na  Globo News, programa  Painel, na primeira quinzena de Abril, onde foram entrevistados três economistas.

     O Sr. Mailson da Nóbrega disse, quiça de forma irônica, que o tomate não é a causa da inflação, mas sim um excesso de demanda (de pessoas querendo comprar).

      Outro economista, Senhor Eduardo da Fonseca, salientou que o Banco Central deveria estar focado no centro da meta de Inflação, pois a meu ver, a inflação subindo é como uma carreta de 40 toneladas descendo a montanha, se não frear logo, por inércia, esta não para mais. Para o Sr. Mailson, a inflação é realmente decorrente de excesso de demanda, além de baixa coordenação de expectativas de controle pelo Governo quanto a taxa de inflação. Assim, para eles, o Banco Central se encontra leniente – tolerante ao crescimento da inflação  e este governo, ainda, está retirando poder do BC de gerir o combate a inflação. O fato é que, pelo entendido, o BC perdeu e perde cada vez mais a credibilidade no mercado interno e externo como gestor do combate a inflação no Brasil. O Professor Samuel Pessoa reiterou que, historicamente,  os juros não baixam devido o câmbio  alto que o Brasil possui  e, recentemente, não houve a entrada de dinheiro externo suficiente na forma de poupança para se poder investir com este capital.

     A coisa, este controle, parece estar sendo solecado pela corrida para a eleição que já se encontra solta….

        O professor Eduardo concluiu na entrevista que o Brasil vive uma estagflação decorrente da micro-gestão  generalizada do Governo e leniência com a inflação, o que  impede, por falta de confiança do empresariado no Governo, de se investir, há também, apenas, como forma de reação, um ataque pontual com baixar o custo da luz, demorar  a subir o preço da gasolina que gera poucos resultados a longo prazo e a sim, reiterando, uma grande desconfiança de investidores.

      O senhor Mailson esboçou, também, que este governo retorna à idéias que deram errado no passado como aumentar produção para cobrir o excesso de demanda, pois investir também aumenta a demanda, assim uma nova demanda se soma a antiga demanda gerando inflação. Disse este que o governo desde muito confunde combate a inflação com recessão.

       O governo  ataca os índices e não o problema. O governo atrasa o aumento dos preços dos ônibus, da gasolina, aumentos, reforma tributária, etc.

       O Sr. Samuel  Pessoa ainda lembrou que existiram  dois processos de economia efetivamente liberal com Castelo Branco e FHC onde estes geraram crescimento para os governos que se seguiram. Hoje, segundo ele,  a Presidente   Dilma como o Presidente Geisel usaram o mesmo modelo de crescer sem ajustar a economia, assim problemas ocorreram e ocorrem, pois intervenção e intervenção apenas pontual, como já citamos, gera desorganização a longo prazo da economia. Para o Sr. Mailson, há uma gordura que vem suportando o desmonte da economia.

        Antes, a responsabilidade fiscal dos governantes resolvia parte do problema, porém o governo da sra Dilma reeditou um chamado orçamento fiscal dilatável, onde o governo entende que pode expandir  a dívida de forma quase indefinida sem gerar transtornos futuros. O governo mexe no superávit fiscal que é uma relação entre dívida e PIB e os órgãos internacionais percebem a manobra diminuindo mais ainda a credibilidade. Pouca credibilidade externa, pouco investimento, porém para os organismos internacionais, quando a economia piorar para o povo, este governo perderá a eleição e o próximo, a duras penas, colocará as coisas em ordem.

            

              Parte II – Pouco progresso e grande dívida interna :

 

Dinheiro público é como água benta: todos põem a mão. (provérbio italiano)

    A sorte do povo brasileiro é que nosso país, graças a Deus, é rico de riquezas naturais, como terra para agricultura e minerais – neste se inclui o petróleo, que são uma poupança de longo prazo, para se corrigir desmandos de políticas públicas perversas.

     Reitero que entendo pouco desenvolvimento em relação ao PIB brasileiro, como um pai que pode pagar colégio particular, plano de saúde, curso de inglês,  um automóvel,  boa alimentação e este não o faz por não saber gerir bem  os recursos da família o dispersando de forma alheia ao que é melhor.        

     Este chamado desmonte na forma de gerir o capital (dinheiro) do governo decorrente, talvez, da luta pelo poder na eleição, levará para aonde o Brasil ?  Provavelmente a  situações de desconforto econômico para  ser mais suave possível.  Por exemplo, a dívida interna hoje é de quase 2 trilhões, no início do governo Lula era de 220 bilhões e o Brasil paga para rolagem desta dívida quase 900 bilhões por ano – quase cinco vezes a dívida de 2002. Assim, para aonde foi esta riqueza? Não a vejo no social, nos hospitais, colégios, infra-estrutura e segurança uma resposta.

              Do site do INSTITUTO HUMANITAS UNISINOS:

“A dívida pública passa a crescer de forma descontrolada, levando o governo a contingenciar o orçamento das áreas sociais”, diz a auditora fiscal.”

“ Quase a metade do orçamento federal do próximo ano, exatos 42%, está destinada ao pagamento da dívida pública brasileira. Dos 2,14 trilhões de reais, 900 bilhões serão gastos com o “pagamento de juros e amortizações da dívida pública, enquanto estão previstos, por exemplo, 71,7 bilhões para educação, 87,7 bilhões para a saúde, ou 5 bilhões para a reforma agrária”, informa Maria Lucia Fattorelli , coordenadora da Auditoria Cidadã, à IHU On-Line.”

                  Podemos assim dizer que 42% do orçamento (salário) é para cobrir os juros do cheque especial.   O página: https://g1.globo.com/politica/noticia/2013/04/orcamento-da-uniao-para-2013-e-publicado-no-diario-oficial.html apresenta dados mais recentes.                 

                  É certo que ocorreram progressos, mas menos vultosos do que se esperava, pois quando percorremos as ruas e bairros  de qualquer cidade no Brasil encontramos certa violência pelas drogas,  roubos e assaltos pela falta de oportunidade de educação, pouca infra-estrutura de água, esgoto, iluminação pública e índices baixos de saúde para o povo , tudo isto de acordo com dados da ONU, jornais  e de sites confiáveis .

                  O Brasil e sua política de estado devem urgentemente se impor o compromisso de buscar ações sociais práticas para o povo.  

                  O novo governo há de fazer parte do Pragmatismo Social desenvolvido pelos Estados Unidos principalmente na Segunda Guerra Mundial,  “caracterizada pela descrença no fatalismo e pela certeza de que só a ação humana, movida pela inteligência e pela energia, pode alterar os limites da condição humana”.   É necessário também voltar ao positivismo de Comte e do nosso Coronel Benjamin Constant – Fundador da República Brasileira, que está bem ilustrado na frase “Ordem e Progresso” – “O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por meta, representando as aspirações a uma sociedade justa, fraterna e progressista…”    

                   Os militares se apresentam, historicamente, no Governo, a meu ver, e para muitos, mais pragmáticos e positivistas que os civis. Os militares geriram o  Brasil com um enfoque empresarial de estado, não havia como hoje, um grande peso para o atual pragmatismo eleitoreiro. Acho que os militares não teriam a idéia,  em país de grande caos social, investirem quase 50 bilhões em futebol e olimpíadas, que todos sabemos que geram pouco retorno social a longo prazo.  É só ler na internet se há uma grande herança social positiva oriunda da copa na África, salvo melhor juízo, ficou pouco de legado para o povo e uma dívida em aberto.

                    É fato também que o foco da ditadura foi fazer o Brasil crescer e depois gerar justiça social, entendia estes militares e seus economistas, alguns influentes até hoje, como Delfin Neto, que empregos nascem de empresas, e estas precisam de grande capital para serem formadas.

                     Parte III – Uma Geração perdida no ponto da economia de geração de infra-instrutura?

    De 1984, até hoje, são 29 anos. Uma geração se passou…..

                     Quais são de fato os grandes progressos sociais em programas de governo, saúde (menos 40.000 leitos nos últimos sete anos, UPAs e novas maternidades supriram parte deste déficit) e educação que realmente transformaram a realidade brasileira. Possuímos a educação da Coréia do Sul, a saúde de Cuba ( país que talvez possua uma economia  menor que alguns dos estados do Brasil – em 2010 110 bilhões de dólares. São Paulo em 2008 gerou 10 vezes mais riqueza para quase uma mesma população que Cuba). Assim, caminhamos para qual qualidade de desenvolvimento?

     O Brasil foi a sexta, mas já caiu recentemente  para sétima economia do mundo devido o pouco crescimento do PIB.  Em trinta anos de muito marketing e propaganda a nossa riqueza é ainda fundamentada na exportação de produtos agrícolas, de pecuária e minérios. Assim, de 1500 para cá a nossa célula de riquezas não  mudou.  Dos Governos Gerais portugueses, passando pelo reinados de D. Pedro I e II, por Vargas, JK, Ditadura e pela Democracia, o Brasil vendeu e vende produtos agrícolas e minérios. Basicamente isto.

        Enquanto exportamos estes produtos com pouco valor agregado, compramos produtos tecnológicos, por exemplo, da “democrata” China, o que força esta a educar seus trabalhadores a fim de trabalharem em indústrias e que ainda pela sua capacidade produtiva de qualidade, a custo baixo, inibe a produção brasileira que é cara em relação ao mundo decorrente de custos elevados indiretos de mão-de-obra ( para cada um empregado o empresário paga outro de impostos e contribuições), transporte ( transporte urbano é lento, caro e na antiguíssima fórmula de ÔNIBUS, não metro, ciclovias etc) , estocagem ( o Brasil não tem estradas e armazéns para guardar a riqueza, o paiol  é o caminhão parado na estrada esperando os navios), energia elétrica ( cresce muito pouco a capacidade de geração de energia e é preocupante com poucas chuvas e é a oitava mais cara do mundo)  e petróleo ( o Brasil tem sua empresa de petróleo com problemas gerenciais e financeiros segundo o mercado externo. 36% do custo são impostos, 10% refere-se ao custo do etanol ). Assim, em decorrência, há poucas indústrias de alta tecnologia no Brasil. Por exemplo, um único, a própria indústria aeronáutica brasileira da qual devemos ter muito orgulho, importa motores e sistema eletrônico de navegação do resto do mundo.

                   Sem delongas, um outro exemplo de pequenos resultados materiais para o povo, em 2012 o Brasil era o 84 ( octogésimo quarto) país do mundo em qualidade de vida ou do chamado índice de desenvolvimento humano. Por exemplo, saibam que o argentino, o chileno, até o cubano, o uruguaio, o mexicano entre outros, vivem melhor que nós brasileiros, só para citar a América latina. Há países melhores até na  África. Assim, para a ONU estes países anteriormente indiretamente citados tem melhor saúde, melhor divisão  de renda , menor  violência   e melhor educação que nós brasileiros.    

                     Para mim, é desagradável saber que  países com menos riquezas naturais, com desertos, terremotos, maremotos, vulcões vivem melhor, mais alegres, mais conforto e segurança do que nós brasileiros .

                     Um país que devia ser o paraíso na Terra é  uma bomba relógio decorrente de seus gigantescos problemas sociais, principalmente nas grandes cidades com pouco emprego, drogas, violência, favelas etc. Nós, em parte,  descendentes de tupiniquins vemos e sentimos isto através dos constantes aumentos na alimentação, serviços , saúde etc decorrente de uma inflação que acordou, mas sabemos que  esteve sempre aí meio sonolenta.

                     Será que tivemos mais uma década perdida, apenas com medidas populares para  não deixar o poder? A economia é um gigante que não perdoa o descaso, em algum momento ela cobrará seus juros. E juros historicamente quem paga é a classe média e os pobres.

 

Parte IV – Precisamos de mais eficiência e eficácia.              

 

(Retirantes, Portinari)

Nós enforcamos os ladrãozinhos e indicamos os grandes ladrões para cargos públicos. (Esopo)

   Só medidas corretas – eficazes e eficientes; sem a tal idéia do “sem pão , lhes dê brioches”, da alienada rainha da França que teve sua cabeça cortada na revolução francesa,  modificarão este perfil de seca  constante no Nordeste,   destruição de cidades pelas chuvas, apagão elétrico, insuficiência logística de estocagem de grãos e área de escoamento em portos, favelização das cidades, abandono escolar, desindustrialização, inflação por gastos desordenados do governo, atraso escolar e baixa rede de saúde pública.  Imaginem se o Brasil crescesse em média os 5% a 6%  ao ano quando da época da ditadura, que assim tornaria as necessidades maiores das deste caos atual….                    

     Uma coisa em que o Brasil cresceu muito estes anos é que é atualmente o maior consumidor de crack (drogas) do mundo e que a nossa crianças cada vez mais ingerem álcool mais cedo .

                           A tristeza, para muitos, pessoas  do tipo cogito ergo sum, “penso, logo existo” é que o governo explica-se em palavras , com shows, copas, olimpíadas  e muita propaganda. Em uma luta de um partido contra o outro pelo poder, com o povo, pisado e chutado, como chão. Alguns comentaristas políticos de redes de rádio e televisão, vem perdendo a classe com as palavras que falam, quanto da gestão de alguns governadores e do próprio governo.

       Quando a imprensa nacional vai se saindo da célula de apoio ao governo isto é preocupante, pois  estes sabem melhor do que nós de como vão as coisas pelo Brasil. 

      Parece que a fórmula do Coliseu de Roma , pão e circo , é empregada ainda extensivamente e intensivamente na terra brasilis.

       Até quando?    Quem será o bode expiatório se o fracasso vier nesta economia de equilibrista em fio de arame… Onde economistas do governo  redizem o que diziam sobre índices de economia…..

       Mas em Roma houve uma grande revolta decorrente da  marginalização política, da discriminação social e da desigualdade econômica que levaram a plebe romana a se rebelar marcando um longo período (dois séculos desde o início da República) de lutas contra os patrícios – ao longo desde período, os patrícios tentavam reduzir a revolta popular lançando mão da política do pão e circo, tentando fazer crer que o expansionismo iniciado gerava riquezas, também, para à plebe. No Brasil, a meu ver, ocorre o mesmo, porém sem resultados palpáveis na formação de trabalho, saúde e educação  como o governo vai se sustentar ?.

      Na revolução francesa o povo era enganado e pressionado pela economia  e impostos. Logo após a  Revolução houve um grande impulso para alfabetizar a grande massa, já que naquela época , na França, a educação era para os nobres.   O uso da cartilha onde se  parte da crença de que, ensinando a decodificar e codificar, a criança aprende a ler e escrever. No Brasil, o país em décadas de democracia não aprimorou seu ensino. Somos quase os últimos  do mundo e sem educação não há democracia.

        Quem ganha com a alienação do povo?

A pátria não subsiste sem liberdade, nem a liberdade sem a virtude, nem a virtude sem os cidadãos (…) Ora, formar cidadãos não é questão de dias; e para tê-los adultos é preciso educá-los desde crianças”.(Rousseau)

 

           Parte V – A imprensa livre tem exposto a verdade nacional:

     No Brasil a imprensa através de seus telejornais, rádios especializadas tem sido um bastião da verdade e isto tem tirado a venda e o engano do povo. A copa, as olimpíadas vencerão a fome e a violência se a economia não crescer?.

    Por enquanto o governo tem muito dinheiro de impostos para conter a massa, pois independente das desonerações, por enquanto, a arrecadação  de impostos será maior que de 2012.

     O problema é que palavras não param o caos das grandes cidades com engarrafamentos, violência e fraco sistema de saúde e educação.

      Além disso, mesmo com o bolsa família e o Brasil carinhoso, que dá voto em eleição, mas se estes não estiverem intensamente vinculados a educação, profissionalização técnica   e a saúde, certamente não criarão condições materiais e intelectuais para que os 8,5% da população subam da linha de indigência e os 15% da população saiam de baixo da linha da pobreza. São dados de 2011. São aproximadamente 25 milhões de pessoas, mais de dez por cento da população  que precisam sair mesmo lentamente do caos social. Estes teriam que ser capazes de entrar no mercado de trabalho através de um mínimo de formação.

                             Quanto  ao IPEA ( Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, ligado ao governo) a população pobre do Brasil é de 28%. Neste caso se considera que cada membro de uma família viva com menos de meio salário mínimo.  São mais de 50 milhões de brasileiros que precisam de apoio social do governo no mínimo.

                               E o que falta?

           Parte VI – A salvação na produtividade e moralidade:

"A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios. (Barão de Montesquieu)"

      Certamente a Eficiência e a Eficácia na administração.  Por exemplo, a  eficácia é um time vitorioso, a eficiência é este time vitorioso montado a baixo custo.  

      O Brasil vence pouco e custa muito caro.  A eficiência é a melhor aplicação possível dos recursos na administração. Menos meios para os máximos fins. Mais claro ainda é pouco dinheiro aplicado com grandes resultados. Isto não ocorre no Brasil a muito tempo.  Além da corrupção que é o desvio direto do capital para outro fim, que não é a obra pública ou o serviço público, temos o superfaturamento, obras de pouca duração quanto a durabilidade construída assim por produtos de baixa qualidade ( o caso do teto do engenhão talvez seja um exemplo)  etc . Quanto a eficácia, que é a idéia que o cliente deve ser bem atendido  pelas ações do governo,  temos mais uma defasagem entre o que é necessário e o que o governo fez e faz.  Copa ou se fazer açudes, mais um ministério ou reforçar as fronteiras, olimpíadas ou estradas e portos …….

                           E daí?

                           O problema é que os 50 bilhões para a copa teriam acabado ou minorado o problema da seca com canalização e poços, possuiríamos uma melhor infra-estrutura de exportação das nossa soja, teríamos feito a contenção das encostas no Rio de janeiro e as dragagens nos rios de São Paulo para não alagar as cidades entre outras necessidades básicas e essenciais.

                           Qual o interesse do povo, da nação? O que motiva as decisões políticas?

                            Aí nasce a grande diferença entre os governos militares e os democráticos atuais, quanto a eficácia e a eficiência , em suma , os governos militares tinham grandes PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO que tiveram melhores resultados.

                           Será que uma obra como Itaipu sairia hoje?

                           Tenho grandes dúvidas….Qual a grande obra dos governos civis? As privatizações ainda estão montadas sobre prédios da ditadura, veja as telefonias….Estes programas da Ditadura foram    desenvolvidos, em parte,  pelos civis Reis Velloso e Mário Henrique Simonsen. Não poderia esquecer de citar Delfin Neto com, idéias Keynesianas de busca de um mercado interno forte.  Tão contestado antigamente e tão aplaudido hoje. Tudo isto em meio a maior crise do petróleo que a história  do mundo teve, onde o barril subiu 400% quase abruptamente.  Imaginem se a gasolina subisse em seis meses de R$ 2,88 para mais de dez reais. É interessante que os leitores vejam na internet mais detalhadamente a ações dos governos ilitares para não expandir demais este trabalho.  

   Parte VII – Ênfase do patriotismo na essência das ações :     Aonde foi parar o patriotismo, aquela coisa da revolução francesa “do povo, pelo povo, para o povo” (Lincoln)? Dos partisans da resistência civil francesa lutando contra o exército invasor alemão;  De Simon Bolivar, quando falamos da luta de independência da América latina ou ainda do nosso Tiradentes da inconfidência mineira que lutou pela república, fim da escravidão e fim do “roubo” de Portugal de nosso ouro . Patriotismo é este amor material que vê as ações do governo essencialmente em prol do povo, do país.

              Para não falar só dos governos militares, falarei  do programa de governo de JK com “50 em 5”, seu programa de metas como por exemplo: o crescimento da Petrobrás  e de sua capacidade de refino; as ferrovias deveriam sair do carvão para o diesel, crescimento do parque siderúrgico deveria ocorrer, criou a Embratel, duplicou da Eletrobrás, construção da Belém-Brasília  etc. Não foi muito bem sucedido, até por fatores alheios a vontade de JK, mas se tentou e se fez muito.   

                      Finalizando, o chamado, pela mídia, fracasso do PAC decorre de que?

              Causas:

1-    Corrupção – o dinheiro sai do governo e não chega, segundo a FIESP a corrupção leva 2% do PIB, assim, se meus cálculos estiverem corretos, para 4,0 trilhões de PIB, são 80 bilhões por ano desviado pela corrupção ou ainda 260 milhões de reais desviados por dia pela corrupção ou ainda 10 milhões de reais por hora;

2-    Indicação política para cargos gerenciais no governo. Assim, na grande maioria das vezes o indicado não tem as características mínimas para o cargo…. Só para falar de um país digamos mais coerente, Albert Einstein foi sugerido para ser presidente do estado de Israel, o mesmo não aceitou por se achar não talhado para o cargo ficando, acho, Golda Meir .

3-    Não  se cria condições para investimento no Brasil . Assim as taxas  de juros são altas para o investidor captar o empréstimo e, assim, há insegurança do investimento particular confiando no apoio do governo. Imaginem se um empresário tivesse montado uma fábrica de sucos de uva esperando o canal da irrigação aqui no Nordeste….Este está parado  sem previsão objetiva de reinício das obras, por ação, em parte, do TCU.

4-     O Banco Central e o governo não conseguem baixar o juros a longo prazo, assim quem tem dinheiro aplica na especulação bancária e ganha mais do que se arriscar a investir em obras, serviços, indústrias. Além disso, para alguns economistas o PAC só decola se o Brasil crescer    a partir de 5%, o que estamos longe. A China tem juros baixos e moeda desvalorizada, o  Brasil está diferente disto, o China cresce o Brasil empaca.. Um fabricante de celulares de ponta precisa de uma taxa de câmbio baixa para exportar. Você instalaria uma fábrica aqui no  Brasil?

5-    O Brasil tem alta concentração de renda, uma maquina estatal mantida por grande quantidade de impostos e apesar de não se falar muito o Brasil tem uma grande dívida interna de manutenção cara .

6-    Quanto ao PAC, o Tribunal de Contas da União em 2012 achou irregularidades em 124 obras e recomendou a paralisação de 22 com 2,4 bilhões de prejuízo para os cofres públicos, segundo o jornal o Globo. As concessões de  estradas e ferrovias para o Senador Álvaro Dias é mais um sinal do  fracasso do PAC..

       Finalizando, na minha visão pessoal acho que esta exteriorização do Brasil, da importância do Brasil no mundo, da aparente ânsia de muitos aparecerem nos jornais do mundo, é como se fosse mera vaidade e bastante interessante para a economia do exterior. Assim, concordo com alguns economistas, o que falta é uma visão nacionalista, o que é importante para o Brasil.  Uma maior defesa de nossos interesses além de uma retórica enfadonha que não resolve o problema do caos social do Brasil.  

            A nossa sorte é que o Brasil ainda é uma grande  nação capaz  de suportar o que a frase abaixo explicita:

“A prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova evidente de que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento.” Stanislaw Ponte Preta

                Será que tivemos uma década perdida de fato?  

             Quais seriam as soluções?  A solução de crédito para o consumo está meio esgotado. Já existe um grau grande de endividamento da família.  Segundo dados do Banco Central, a dívida bancária dos consumidores passou de 18% da renda desde 2005 para 43,4% em maio de 2012.  Assim, a redução dos juros, o estímulo ao crédito, e a própria redução do Imposto sobre Produtos Industriais (IPI) para automóveis são excessivamente focadas no lado da demanda.

         O Brasil tem de crescer para que seus status de BRIC não seja questionado. O Brasil precisa de um crescimento sustentável de 2013 a 2023, para não ter sido considerado apenas um espasmo de crescimento    

            Todos sabem, mas o difícil é colocar em prática: 1- aumentar as penas por corrupção; 2- desburocratizar o governo aproximando a gestão do problema; 3- diminuir o peso do governo federal para o Brasil; 4- grande investimento na educação como se fez na Coréia do Sul a fim de também melhorar a capacidade da mão-de-obra; 5- grande investimento na infra-estrutura como um todo; 6-  uma reforma tributária urgente; 6- facilitar o investimento  privado e o público e 7- investir em tecnologia    entre outros. 

Assim, é urgente ações ao simples, práticas e objetivas.

EDUARDO SOBREIRA MUNIZ  e FRANCISCO CAVALCANTE ARARIPE

Obs: Todos os dados citados são encontrados na internet em sites confiáveis.

Se o dinheiro for a sua esperança de independência, você jamais a terá. A única segurança verdadeira consiste numa reserva de sabedoria, de experiência e de competência.

Henry Ford

https://sociedademilitar.com.br (Publicado sob autorização).

 

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Sociedade Militar