Desde 2013, as Forças Armadas Brasileiras (FAB) acumulam um número preocupante: pelo menos 223 armas foram perdidas, furtadas ou roubadas. Dessas, quase 100 fuzis, pistolas, metralhadoras e espingardas ainda não foram recuperadas.
Exército e Marinha se destacam negativamente
O Exército Brasileiro é a força que mais perdeu armamento, com 142 casos registrados, seguido pela Marinha, com 59 armas extraviadas. A Força Aérea Brasileira (FAB) teve 22 armas perdidas ou roubadas no período.
Marinha falha em recuperar armamento
A Marinha se destaca negativamente na taxa de recuperação do armamento perdido. Apenas 17% das armas extraviadas pela Marinha foram recuperadas, enquanto o Exército obteve um índice de 65,5% de recuperação.
Fuzis e pistolas são os tipos de armas mais perdidos
Dos 223 casos de armas perdidas, furtadas ou roubadas, 93 eram fuzis, 82 pistolas e 23 metralhadoras. Revólveres (12) e espingardas (8) também estão entre os tipos de armas extraviadas.
Furto é o principal crime, mas “perdas” e “extravios” também preocupam
Embora o furto seja o crime mais comum, com 64 casos registrados, as Forças Armadas também apresentaram 154 casos de “perda” ou “extravio” de armas. Nesses casos, o destino do armamento não é definido.
Sigilo da Marinha impede análise completa
A Marinha é a única força que não compartilha todos os dados de extravio de armas de fogo, mantendo sigilo de cinco anos para este tipo de informação. Isso impede uma análise completa do problema e levanta questionamentos sobre a transparência do órgão.
Caso de 2013 expõe falhas sistêmicas
Um dos casos mais emblemáticos de perda de armamento pelas Forças Armadas ocorreu em 2013, quando 33 armas desapareceram do Centro Tecnológico do Corpo de Fuzileiros Navais do Rio de Janeiro. O caso só foi revelado após a quebra do sigilo.
Ministério da Defesa não responde questionamentos
A reportagem do Metrópoles questionou o Ministério da Defesa e a Marinha sobre o sigilo de cinco anos para informações de perda de armas, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.
Fonte: Metrópoles